A CUT apoiará a greve de professores marcada para o 15 de março e proporá às demais centrais que este seja um Dia Nacional de Paralisação contra o roubo de direitos e o ataque às aposentadorias. A afirmação é do presidente nacional da Central, Vagner Freitas, e foi feita em entrevista ao jornalista Luiz Carvalho durante reunião da Direção Executiva Nacional, em São Paulo. "Vamos reforçar a ideia de que a organização não cairá na armadilha de referendar ataques à classe trabalhadora".
Para ele, Temer tem uma missão a cumprir, agradar os financiadores do golpe que quererem trocar o Estado para todos pelo privado para poucos. Ao longo de 2016 nós alertamos aos trabalhadores que iam perder os direitos, a aposentadoria e agora o governo ilegítimo de Michel Temer propõe exatamente isso. "Ou o trabalhador participa em dia 15 de março do Dia Nacional de Paralisação e do início da greve dos professores, se manifesta, vai às ruas ou pagará o preço".
A agenda começa no dia 15, mas teremos um ano de muita mobilização. A reforma trabalhista também bate na porta, uma proposta que aumenta jornada de trabalho semanal, quer o contrato temporário, o contrato intermitente, em que o trabalhador aguardará ser chamado sem receber por esse tempo de espera.
Vagner esclare ainda que estão querendo adotar a negociação do contrato de trabalho enquanto estiver vigente por meio da criação de uma comissão de trabalhadores. Comissão, inclusive, que não necessariamente será ligada a sindicato e pode ter indicados pela direção da empresa para discutir redução do horário de almoço e outras questões.
"Temos que mostrar à sociedade que ela foi enganada, que a ideia de que tirar a Dilma e o PT melhorava a economia era uma mentira, e que a vida das pessoas piorou com o aumento do desemprego e da crise econômica aumentou. Com Temer, a perspectiva é nenhuma".