A categoria química compareceu em peso às manifestações do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência em diversas cidades e estados do país. Em São Paulo, mais de 70 mil trabalhadores e trabalhadoras lotaram a Avenida Paulista para engrossar os protestos contra a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL), que extermina direitos sociais, achata os valores dos benefícios, aumenta o tempo de contribuição e impõe idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para as mulheres.
É o esquenta para a greve geral que a CUT, Intersindical e demais centrais sindicais vão organizar se o governo insistir em manter a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 006/2019) que praticamente acaba com o direito à aposentadoria no Brasil.
A adesão massiva dos trabalhadores, trabalhadoras e da sociedade brasileira aos atos realizados em todo o Brasil foi comemorada pelo presidente da CUT, Vagner Freitas. Para ele, a quantidade de pessoas que foi às ruas protestar contra a PEC de Bolsonaro mostra que a comunicação da CUT, demais centrais - Força Sindical, UGT, Intersindical, CSB, CTB, NCST, CGTB e CSP-Conlutas -, dos movimentos sociais e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo foi mais eficiente que a do governo, que tentou enganar dizendo que a reforma era boa para o país.
“O povo sabe que Bolsonaro quer acabar com a aposentadoria e entregar a Previdência Pública para os bancos”, afirmou Vagner.
"Se a eleição dividiu o país, o direito à aposentadoria e à previdência pública vai unir o povo", disse o secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio.