O primeiro ato do novo ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, foi celebrar o golpe de 1964 como um "movimento de pacificação do País".
A secretária de Políticas Sociais da Fetquim, Danielle Franco, contesta: "Não podemos permitir que a história seja recontada mentirosamente. Censurar as liberdades democráticas, a imprensa, fechar sindicatos, torturar, matar e perseguir opositores que não queriam a intervenção norte-americana sobre nossas riquezas naturais e economia é pacificação?".
A deputada Natalia Bonavides (PT-RN) disse hoje nas redes sociais: “A pacificação estaria em colocar ratos nas vaginas de mulheres torturadas? Em matar e ocultar cadáveres (até hoje)? Canalhas sádicos!”.
Ditadura nunca mais
"Este governo deixa o povo à própria sorte em plena pandemia, está se aproveitando do estado de calamidade pública para comprar tudo sem licitação enquanto faltam oxigênio, médicos e UTIs para atender quem tem Covid e outras doenças. E pior: este governo tem incentivado as pessoas a comprarem armas para conter saques já prevendo que vai haver um caos social que foi instalado por ele mesmo. E qual será o próximo passo? Convocar as Forças Armadas para "pacificar"? Precisamos denunciar quem celebra a tortura e a morte. Ditadura nunca mais. Intervenção militar nunca mais, precisamos mais do que nunca defender nossa democracia", diz Danielle Franco.