Uma deleção petroleira-química do ABC deixou a madrugada do último dia 13 de setembro rumo à Curitiba para participar das manifestações de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esteve na capital paranaense para prestar depoimento na 12ª Vara Federal.
“O motivo da viagem foi nos solidarizar com o presidente Lula, acusado e criminalizado furiosamente pelo golpe midiático, parlamentar e judicial”, explicou Remidio Todeschini, ex-presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, pesquisador e assessor da Fetquim-SP.
Na delegação química estavam presentes, Tijolinho, Joel e Jansen e outros companheiros da base. Todos percorreram mais de seis quilômetros desde a praça central de Curitiba até a Justiça Federal, ao lado de outros companheiros e principalmente de um grande número de integrantes do MST.
Audiência
Lula refutou as acusações e disse na quarta-feira (13) que teme que o juiz de primeira instância Sergio Moro possa estar sendo parcial na condução dos processos contra ele.
O ex-presidente deu como exemplo o fato de que Moro chega a levar mais em consideração o que é publicado em veículos de imprensa do que em dados oficiais dos processos.
“Na condenação sobre o caso do apartamento tríplex, o senhor cita o jornal O Globo 15 vezes e cita apenas cinco vezes falas das testemunhas (foram mais de 70 pessoas ouvidas nos autos). O senhor precisa começar a ler também outros jornais”, recomendou Lula.
Remígio Todeschini complementa: “Necessitamos de um país com desenvolvimento, independência, soberania e melhor distribuição de renda. Os oligarcas da grande mídia (Globo, Estadão, Folha e Veja) fazem uma narrativa constante e uma falsa campanha de moralização destruidora de nossas empresas, dos nossos direitos, de nossos empregos, da nossa previdência e dos nossos direitos trabalhistas”.