A Direção Executiva da CUT-SP externa o seu mais profundo pesar pelo assassinato da vereadora do PSOL Marielle Franco, executada a tiros no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro, enquanto retornava de uma atividade na noite de quarta-feira (14).
Estamos ao lado dos familiares e amigos de Marielle neste momento de dor e indignação, mas, sobretudo, na busca por justiça. Com isso, a CUT-SP reforça os pedidos de rigorosa apuração do caso pelos órgãos competentes.
Mulher e negra, Marielle era uma grande defensora dos direitos humanos e sua atuação política procurava denunciar o envolvimento de policiais no crime organizado do Rio de Janeiro e na co-responsabilidade do genocídio da população negra e periférica. Crítica da intervenção militar que ocorre no RJ, ela era relatora na Comissão da Câmara que acompanhava a atuação do Exército.
No último fim de semana, a vereadora denunciou uma ação de policiais militares na favela do Acari, dizendo que “o 41º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari”. (…) Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior".
Como sua atuação incomodava diferentes setores, é preciso, portanto, considerar a hipótese de crime político.
Nossa solidariedade se estende aos familiares do motorista de Marielle, Anderson Pedro Gomes, também assassinado na noite de quarta.
A CUT-SP reforçará os atos em protestos ao assassinato e estará atenta aos desdobramentos do caso. A luta de Marielle não será em vão, pois seguirá nos inspirando a lutar contra as desigualdades.
Companheira Marielle Franco, presente!
Direção da CUT-SP