Um trabalhador, com carteira assinada, para ter os direitos garantidos, acesso ao auxílio doença ou mesmo à aposentadoria por invalidez, deve ter 12 meses de contribuições seguidas ao INSS. Mas o desemprego na pandemia acabou afetando o número de contribuições sequenciais feitas pelo trabalhador. Com isso, eles ficam impedidos de ter acesso a benefícios previdenciários e, ao mesmo tempo, perderam a oportunidade de melhorar a média de benefício para a sua aposentadoria.
Com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) 6,1 milhões de trabalhadores formais perderam as garantias de acesso a benefícios previdenciários. O país tinha 47,2 milhões de empregados segurados pela Previdência no final de 2019, e no final de 2020, esse número diminuiu para 41,1 milhões - uma queda de 6,1 milhões no número de trabalhadores que agora também fazem parte dos 14 milhões de desempregados existentes hoje no Brasil.
“Quando chegarem à idade mínima de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres) terão, provavelmente, de se resignarem com um benefício assistencial de um salário mínimo [R$ 1.100], com valor defasado. Também as mulheres grávidas desempregadas nesta pandemia perdem o direito ao auxílio maternidade por não cumprirem 10 meses de contribuição previdenciária”, alerta Remígio Todeschini, pesquisador da UNB e especialista em Previdência da Fetquim.
O alerta foi publicado esta semana em nosso portal, veja aqui.