No dia em que a Central Única dos Trabalhadores e das Trabalhadoras (CUT) completa 42 anos de fundação, o presidente nacional Sérgio Nobre homenageia o que a CUT tem, segundo ele, de mais precioso: os seus sindicatos de base, que se tornaram referência nacional e internacional de resistência, luta e conquistas, mudando a vida da classe trabalhadora brasileira.
“Os nossos sindicatos fizeram da CUT uma referência de combatividade e de compromisso de classe no Brasil e no mundo. Desde a sua fundação, em 28 de agosto de 1983, a nossa Central tem sido um alicerce na construção da democracia, com direitos, empregos, igualdade e justiça social no nosso país”, afirma.
Mesmo com toda a perseguição e ataques que a CUT e a organização sindical enfrentaram a partir do golpe de 2016 - resistindo aos governos de Michel Temer e aos retrocessos impostos por Jair Bolsonaro -, a Central manteve a disposição de ação e de luta. Mobilizada e unindo o movimento sindical e popular para defender e restabelecer a democracia tão atacada na gestão caótica do agora ex-presidente réu e inelegível. “Resistimos e vencemos a pandemia. Derrotamos nas urnas a extrema-direita e reelegemos Lula presidente pela terceira vez, e vamos reelegê-la novamente em 2026”, disse ele.
Desafios
Os desafios seguem gigantescos e se tornarão ainda maiores nas eleições no ano que vem. “Temos de preparar e animar a nossa militância para as nossas lutas prioritárias”. São elas: combater e impedir a pejotização irrestrita, aprovar a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, a taxação dos super-ricos e o fim da escala 6X1. Para isso, avalia Sérgio Nobre, é essencial fortalecer as negociações coletivas e o sindicato cidadão, “que é uma marca da nossa central”, ir além do local de trabalho, estar na comunidade, nos bairros.
O dirigente soma à pauta histórica e atual da CUT a defesa da soberania: “Iremos às ruas no próximo dia 7 de setembro em todo o país para defender a nossa pauta e a soberania nacional”.
O objetivo, afirma o presidente, é mostrar que a CUT, os movimentos sindical e popular, são o alicerce da democracia e que não há democracia sem sindicatos fortes. “Até lá, nossa tarefa é impulsionar a participação do povo no plebiscito popular, que tem contribuído, em muito, para dar visibilidade as pautas prementes da classe trabalhadora e para mostrar a toda a população quem realmente defende o Brasil”.
2026 DE LUTA
O presidente nacional da CUT destacou que 2026 já está em curso, pois a extrema-direita segue usando todas as armas espúrias e mentiras para retomar o poder na República e ampliar sua bancada no Congresso Nacional e governos estaduais. “Nossa tarefa é animar nossas bases, a nossa militância em todo o Brasil para consolidar nossas vitórias, avançar ainda mais para que o país siga no rumo que está, de uma nação democrática, soberana, com direitos, empregos decentes, renda e desenvolvimento sustentável”.
Ele fez ainda questão de ressaltar a grandeza do trabalho das dirigentes e dos dirigentes de todos os entes da Central e parabenizar, especialmente, os milhões de militantes anônimos e anônimas, que, nos locais de trabalho, nas ruas, em todo os territórios do Brasil, participaram das mobilizações “e são os grandes responsáveis por nossa bela história de luta da nossa central. “Viva a classe trabalhadora, viva a CUT em seus 42 anos de luta”, finaliza Sérgio Nobre.