Os representantes patronais do grupo CEAG-10 da FIESP compareceram na manhã desta sexta-feira chuvosa (31/10) ao auditório do Sindicato dos Químicos de SP para apresentarem aos representantes da FETQUIM/CUT/Intersindical/UnidosPraLutar a contraproposta nesta Campanha Salarial dos Químicos 2025.
Deusdete Virgens, presidente do Sindicato dos Químicos SP e secretário de Finanças da FETQUIM, abriu o encontro reforçando a expectativa dos trabalhadores e das trabalhadoras químicas nesta época do ano de data-base e destacou a importância deste diálogo com a patronal.
Claudia Bueno, diretora dos Químicos Unificados regional Osasco, lembrou que além dos salários e vale alimentação a categoria discute problemas como assédio moral, jornada de trabalho e outras questões que ainda precisam ser ajustadas.
Jose Evandro, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, expôs a conjuntura econômica favorável aos empregos e “propícia para se obter aumento real”.
Edna Vasconcelos, secretária geral dos Químicos SP, exaltou os avanços do grupo de trabalho permanente formado por representantes dos trabalhadores e da patronal que tem discutido mudanças na convenção coletiva da categoria.
Joel Souza, coordenador político da FETQUIM e dirigente dos Químicos do ABC, enviou um recado claro dos trabalhadores para a patronal, destacando que após um ano da data-base o trabalhador já está no prejuízo pois perdeu parte do salário para a inflação.
Falando pela patronal, Gilmar do Amaral, propôs o reajuste integral da inflação com base no INPC (Índice de Preços ao Consumidor) do período de 01/11/24 a 31/19/25 + aumento real de 0,5%.
O mesmo reajuste seria praticado em todas as faixas salariais. O vale alimentação subiria dos atuais R$ 170 para R$ 200 e a convenção coletiva da categoria seria renovada por 2 anos.
Amaral fez questão de destacar que a proposta apresentada foi a melhor possível e de consenso entre os 11 sindicatos patronais que compõem o grupo CEAG-10 da Fiesp.
O reajuste exato do INPC só será divulgado pelo IBGE no próximo dia 11/11.
Rosângela Paranhos, diretora dos Químicos Unificados regional Campinas, pediu esclarecimentos sobre o reajuste do vale alimentação nas empresas que já oferecem valores superiores aos R$ 200,00 e ouviu da patronal que valores superiores a este devem ser negociados empresa por empresa.
Wellington Cabral, dos Químicos de São José dos Campos e Região, expôs o problema da confusão existente em algumas empresas sobre o vale alimentação e as refeições fornecidas pelas empresas nos locais de trabalho. A patronal esclareceu que são benefícios distintos e que quem fornece refeição no local de trabalho tem que pagar também o vale alimentação de R$ 200.
Agora os sindicatos filiados à FETQUIM/CUT/Intersindical/UnidosPraLutar têm até o dia 10/11 para realizarem suas assembleias com os trabalhadores e trabalhadores e ouvir da categoria se ela aceita ou não a contraproposta da patronal nesta Campanha Salarial dos Químicos 2025.