A Fetquim esteve presente na comemoração do dia 1º de Maio no Vale do Anhangabaú que reuniu mais de 100 mil pessoas e contou com a participação dos seus sindicatos filiados. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou durante o evento e focou em dois pontos principais: a redução da maioridade penal e o PL n. 4.330, que, se aprovado no Senado, libera a terceirização para todos os setores da empresa.
Como acontece todos os anos, o Sindicato dos Químicos de São Paulo e o Sindicato dos Químicos do ABC levou um grupo de trabalhadores e dirigentes para as atividades. Os Químicos de São Paulo, paralelamente, organizou um ato para atender os trabalhadores da região de Taboão, Embu das Artes e Embu-Guaçu.
O tom do ato político realizado em Embu das Artes foi o mesmo do ato realizado no Anhangabaú. O PL 4330, que libera a terceirização para todos os setores da empresa, foi o principal assunto lembrado por todos os dirigentes. “Os terceirizados trabalham mais, têm menos direitos e adoecem mais”, lembrou Carlos Gomes, o Carlinhos, coordenador da Regional de Taboão da Serra.
O Sindicato Químicos Unificados e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora - participaram na manhã do 1º de Maio de ato na Praça da Sé, em São Paulo. Inicialmente houve a Missa dos Trabalhadores. Posteriormente, ato público seguido de marcha até o Vale do Anhangabaú onde foi realizada uma manifestação política/cultural. Houve a encenação de peça teatral sobre a classe trabalhadora, com os atores em uniformes laranjas e equipamentos de atividades diversas, discutindo os problemas e as lutas necessárias em defesa dos direitos.
Dirigente da Fetquim e do Sindicato dos Químicos Unificados, Nilza Pereira, falou sobre o enfrentamento aos ataques a direitos trabalhistas promovidos tanto pela Câmara, com a aprovação do projeto de lei da terceirização (4330/04) como pelo governo federal, que editou as medidas provisórias 664 e 665, que dificultaram o acesso dos trabalhadores aos benefícios previdenciários.
A dirigente sindical também chamou a atenção para a importância de lutar contra a redução da maioridade penal, que vem tramitando de maneira acelerada no Congresso. Esta mudança irá afetar diretamente a população mais pobre, os filhos de trabalhadores. “Precisamos de mais escolas e de educação pública de qualidade, não de mais cadeias.”, afirmou.