A edição desta quinta-feira 9/08/08) do jornal Valor Econômico traz reportagem sob o título “Braskem avalia fechamento de unidades ou redução de capacidade produtiva no Brasil, diz presidente”. Nela, Roberto Bischoff admite a possibilidade em função dos altos custos de matérias-primas e custos estruturais mais elevados do que os produtores instalados em outras regiões. Além disso, o executivo cita o pior ciclo de baixa vivido pela petroquímica global e as importações mais baratas de produtos petroquímicos.
O coordenador político da Fetquim, Airton Cano, diz que as federações e sindicatos estão fazendo um trabalho intenso junto ao governo para a manutenção dos empregos e redução de importações de químicos. "Estranho é que os empregos no ramo químico estão aumentando conforme constata o Dieese e é lamentável que a Braskem cogite reduzir suas atividades".
A postura da empresa constitui uma ameaça pública para que o governo intervenha e a empresa possa recuperar sua lucratividade.
Conforme admite o presidente da Braskem à reportagem, a companhia vem operando com taxas de cerca de 70% no país quando deveria rodar acima de 85%, até 90%, para trazer o retorno adequado.
O Valor também lembra que a Braskem, junto com a Unipar, entrou em junho com um pedido de revisão da tarifa antidumping aplicada às importações de PVC dos Estados Unidos, que, em 2022, foi reduzida de 16% para 8,2%. O pleito é elevar a tarifa atual, uma vez que houve crescimento das compras externas da resina produzida em solo americano.