Fonte R7
Os brancos têm mais acesso à educação do que os pretos ou pardos (nomes de acordo com a terminologia usada pelo instituto) em todos os níveis, seja nas creches, no primeiro grau, no ensino médio ou na universidade, mostram os dados da SIS (Síntese dos Indicadores Sociais) divulgados na sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Mesmo assim, as desigualdades raciais no acesso à educação diminuíram entre 1999 e 2009.
As diferenças mais gritantes estão no Sul, no Sudeste e na vida universitária. Destacam-se nessas regiões a educação para as pessoas entre 15 e 17 anos. No Sul, 84,2% dos brancos frequentam a escola, enquanto que entre pretos e pardos, a taxa é menor, de 78,8% - isso significa que um em cada cinco negros (21,2%) da região está fora da sala de aula, nesta faixa etária.
No Sudeste, o quadro é parecido: 89,5% dos brancos assistem às aulas. Já 85,9% de pretos e pardos frequentam a escola, o que equivale a 14,1% deles fora dos bancos escolares.
Entre os jovens com idade para estar na faculdade, entre 18 e 24 anos, 32,4% dos brancos batalham por um diploma universitário no Sul. Olhando o outro grupo étnico, percebemos que quatro em cada cinco pretos e pardos estão fora da universidade (78,5% do total). Apenas 21,5 dos indivíduos do grupo estudam em uma instituição de ensino superior.
No Sudeste, a proporção entre os jovens em idade universitária é de 34,8% de brancos e 22% de pretos e pardos - uma diferença de quase 13 pontos percentuais entre os dois grupos. A mesma proporção - quatro em cada cinco negros estão fora da faculdade - vale neste caso.
Ensino fundamental
O ensino fundamental está quase universalizado. Todas as regiões do Brasil mostram que as populações entre seis e 14 anos frequentam a escola, independentemente da cor da pele.
A região Norte registra a menor participação dos estudantes nas aulas - 96,9% dos brancos frequentam as escolas, contra 96,1% dos pretos e pardos.
Roraima é o único Estado a atingir 100% dos alunos na escola - o indicador equivale ao número de jovens brancos no primeiro grau. Os negros e pardos são 97,9% nesse nível de ensino.
A média brasileira para a presença de crianças nas escolas é de 98% de brancos e de 97,3% de pretos e pardos.