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25 de Setembro de 2024

Ato na av.Paulista reivindica ações urgentes diante da mudança do clima


Escrito por: CUT


CUT
Crédito: MARIA DIAS - CUT-SP

Em meio ao contexto de seca, queimadas criminosas e calor extremo, cerca de 8 mil pessoas de diversos movimentos e sociedade civil se reuniram na Avenida Paulista, na tarde de domingo (22/09), para reivindicar ações de combate à mudança climática. A CUT-SP esteve presente no ato.

“É muito importante a união de diferentes entidades para discutir o clima, a reforma agrária. Só unidos conseguiremos alcançar um resultado. Espero que seja o primeiro de outros que virão”, pontua Solange Ribeiro, secretária de Meio Ambiente da CUT-SP que compareceu à marcha. 

A demarcação das terras indígenas, estatização das terras do agronegócio desmatadas ou queimadas ilegalmente e fortalecimento dos órgãos ambientais são algumas das bandeiras de luta reivindicadas pela organização do ato. Um abaixo-assinado com as pautas defendidas está disponível e pode ser acessado aqui

A Marcha por Justiça Climática teve como ponto de partida o Masp. Os participantes percorreram a Avenida Paulista sentido Brigadeiro Luís Antônio, e finalizaram no Monumento às Bandeiras com uma reza e apresentação dos povos indígenas, que também trouxeram suas reivindicações. O monumento é emblemático já que homenageia os bandeirantes, que foram responsáveis por diversas violências contra indígenas e quilombolas e pela manutenção do escravismo, apontam estudiosos.

Há uma escalada de violência contra indígenas que estão em defesa da terra. Na última semana, Neri da Silva, de 22 anos,  jovem indígena foi assassinado com um tiro durante um ataque da Polícia Militar contra uma das comunidades da Terra Indígena Ñanderu Marangatu, em Antônio João (MS). Ao menos 208 indígenas foram assassinados no Brasil em 2023, segundo dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

Incêndios criminosos

No dia 20, o presidente Lula assinou o Decreto nº 12.189, que endurece as sanções a quem comete queimadas ilegais no país. O início de queimadas em florestas ou outras vegetações nativas terá penalidade de R$ 10 mil por hectare ou fração; já em florestas cultivadas, de R$ 5 mil. 

Em um ano, o MPF abriu mais de 190 investigações sobre queimadas irregulares.