Os ativistas Jaime Amorim, Zonália Santos, Rafaela Alves, Frei Sérgio Görgen, Gegê Gonzaga, Vilmar Pacífico e Leonardo Soares, em greve de fome desde 31 de julho, acolheram o chamado de suas organizações para retornar às bases e fomentar a luta popular com o potencial simbólico do ato praticado.
No sábado (26), eles participaram de um ato que encerrou a greve de fome, deixando claro que isso não representa um final da jornada, "ao contrário, é uma nova etapa que começa", disse Jairo Amorim."Ao longo dos 26 dias, foi feito um grande debate com a sociedade brasileira, denunciando a volta da fome, e mostrando para o mundo as consequências do golpe, o aumento da violência, o abandono dos mais pobres por parte do estado e o papel que o poder judiciário exerceu para que isso acontecesse", declarou. “O judiciário cumpriu um papel decisivo a favor do golpe e contra o povo, mostramos para todos esses cenários em que se conduziu a judicialização da política e a politização do poder judiciário, o que é incompatível com uma sociedade democrática", acrescentou.
Para os sete ativistas, tão importante quanto dialogar com os ministros do Supremo, foi conquistar a solidariedade ativa da população, que ampliou por meio de suas redes pessoais as mensagens dos grevistas que repercutiram quase que exclusivamente pelos canais de mídia progressistas, sendo propositalmente bloqueados pelos principais canais de comunicação da mídia comercial.
"Ao sair da greve temos consciência de que cumprimos um papel importante, ajudamos a mobilizar e organizar o povo, colocamos em pauta novas perspectivas para este país, evocamos a ideia de um Brasil-Nação para todos os brasileiros", afirma Amorim. “Nós saímos da greve para um outro patamar da luta, seguiremos lutando pela liberdade de Lula, mas olhamos para a frente vislumbrando o Congresso do Povo e a consolidação da Frente Brasil Popular como um instrumento de desenvolvimento político e social para toda nossa gente, abrigando a nova militância que surgiu da resistência ao golpe e vem crescendo cada vez mais, uma militância sem vícios, que está disposta a ajudar a construir uma nova história possível e necessária."