A nova edição da Carta aos Brasileiros, manifesto em defesa da democracia, já supera as 165 mil assinaturas nesta quinta-feira (28/07). A expectativa é de que novas adesões ocorram nos próximos dias. As centrais sindicais devem oficializar apoio à iniciativa hoje. CUT, CSB, CTB, Intersindical, Força Sindical, Nova Central e UGT vão se reunir para marcar o apoio ao documento e decidir sobre a retomada das manifestações de rua no Brasil.
As iniciativas fazem parte de uma agenda de mobilização em defesa da democracia e do processo eleitoral.
A reedição da Carta aos Brasileiros é considerada uma resposta às ameaças golpistas de Bolsonaro. Entre elas, a de que o presidente poderá não aceitar o resultado das eleições caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não acolha as sugestões ao processo feitas por uma comissão das Forças Armadas. Como o chefe do Executivo sugeriu em reunião com embaixadores, na semana passada.
O novo documento relembra o período em que foi escrito, em meio à ditadura civil-militar, em 1977, para destacar que esse regime foi superado. Alerta que a democracia brasileira “revive tentativas de desestabilização”. O texto defende os tribunais superiores, o sistema eleitoral e a democracia. A carta será lida em evento na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no dia 11 de agosto. Desde que foi divulgada, na última terça-feira (26), passou de 3.069 para mais de 165 mil signatários. O que inclui setores do agronegócio, banqueiros e nomes importantes do PIB nacional que flertaram com o bolsonarismo, mas que vêm tomando outras posições.