A EMS tem demonstrado forte apetite quando o assunto é comprar outras farmacêuticas, em uma clara demonstração de que há dinheiro para investir e tratar seus trabalhadores e trabalhadoras com respeito e dignidade. Mas será que isso está acontecendo mesmo? Nesta terça-feira (27/03), o Sindicato dos Químicos Unificados realizou assembleias com os trabalhadores da empresa de Hortolânia em diferentes turnos.
Em pauta, a Campanha Salarial do Setor Farmacêutico 2018 (que reivindica reajuste de 5%, entre outras reivindicações econômicas), questões localizadas da fábrica e a proposta de aquisição do laboratório gaúcho Multilab. No ano passado, a EMS, maior farmacêutica brasileira, adquiriu o laboratório sérvio Galenika e está na disputa pela divisão de genéricos da francesa Sanofi na Europa.
Importante lembrar que não há crise no mercado de genéricos no país. Pelo contrário, o mercado de genéricos, em comparação com 2016, apresentou uma evolução nas vendas de R$ 15,8% em números reais e 12% em unidades. Nos últimos quatro anos, entre 2014 e 2017, o crescimento foi de 39,8%.