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19 de Outubro de 2021

Articulação política defende empregos e preços mais baixos de insumos e remédios


Escrito por: Fetquim


Fetquim
Crédito: José Victor Nunes Mariano

Com a participação do deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP), do deputado estadual de São Paulo, Luiz Fernando (PT), e de dirigentes do ramo químico nacional, a FETQUIM realizou na tarde de ontem um encontro para fortalecer uma plataforma de articulação política intensa e integrada de atenção a indústria nacional química e farmacêutica.

A ação revela mais uma vez a importância da construção coletiva da classe trabalhadora junto ao parlamento.

Airton Cano, coordenador político da FETQUIM/CUT, ressaltou a necessidade de uma articulação integrada entre diversos setores sindicais que compõe a química e a farmacêutica. Edson Bicalho (FEQUIMFAR) representou os setores da Força Sindical.

Daniel Calazans (secretário geral da CUT- SP) destacou o posicionamento a ser adotado pelos trabalhadores e trabalhadoras diante dos ataques aos direitos trabalhistas.

Palavra dos parlamentares

Luiz Fernando será o coordenador da Frente Parlamentar em Apoio à Indústria Farmacêutica no Estado de São Paulo, criada recentemente na Alesp, e que vai contar ainda com outros 25 deputados estaduais.

A Frente tem o objetivo de dialogar com o poder público e o setor privado sobre a questão tributária dos medicamentos, a permanência das indústrias em nosso estado e a defesa de milhares de empregos em São Paulo. "Nossa intenção é que os pacientes paguem menos pelos remédios e tenham acesso mais fácil. Hoje o Estado de São Paulo incide sobre os remédios uma tributação muito superior a de quase todos os Estados no país, e se tornou ainda mais caro para a população, bem como a fuga da Indústria Farmacêutica para outros estados da federação", explica.

O deputado federal e ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, retomou a discussão do ramo químico nacional. Reforçou que o Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS), em Brasília, é um projeto a ser adotado pelas entidades da química e farmacêutica pelo país, de modo a conseguir cumprir com o direito de acesso à saúde a toda a população brasileira.

Em seguida, o livro “Agonia e sofrimento dos trabalhadores contaminados pela Covid-19", do pesquisador da UNB e assessor de Saúde da FETQUIM, Remígio Todeschini, foi encaminhado aos deputados presentes. Com depoimentos exclusivos de trabalhadores que contraíram a Covid-19 bem no início da pandemia, o estudo faz um apanhado dos efeitos ocupacionais da doença na classe trabalhadora.

O encontro terminou com um compromisso de luta coletiva pela memória dos mortos pela Covid-19.