Pela passagem do dia 28 de Abril – Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, na quinta-feira (28), haverá um ato em memória de companheiros vitimados por acidentes de trabalho nas fábricas, bem como para exigir a implantação de adequadas medidas de segurança nos locais de produção e uma legislação mais dura contra o descaso da saúde e da vida dos trabalhadores.
O ato é promovido por sindicais e centrais de trabalhadores (entre eles o Unificados e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora), pela Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq) e pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) em Campinas.
Programação
• Das 9h as 14h – Ato público na avenida das Amoreiras, bairro São Bernardo, em frente à marginal do Piçarrão, próximo ao terreno onde será construído o centro de diagnóstico do Hospital do Câncer de Barretos.
• Às 14h30 – Exibição do filme O Lucro Acima da Vida, no Cerest Campinas, avenida Prefeito Faria Lima, 680, bairro Parque Itália. O filme é uma ficção inspirada na luta real dos ex-trabalhadores Shell/Basf pelo direito à vida e para a condenação das multinacionais pelos danos causados aos trabalhadores e ao meio ambiente.
Os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais matam no Brasil cerca de 57 mil pessoas por ano, de acordo com estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O número é quase 22 vezes maior que o captado pelas estatísticas oficiais da Previdência Social para os acidentes de trabalho fatais. Segundo o último levantamento disponível no site da Previdência Social, o Brasil registrou 717.911 acidentes de trabalho, sendo 2.797 deles com mortes.
Os dados referentes a acidentes e doenças causadas pelo trabalho no Brasil não refletem a realidade porque muitos sequer são notificados e porque o levantamento da Previdência leva em conta apenas os 48.948.433 trabalhadores com vínculos formais (celetistas, temporários, avulsos, entre outros), excluindo quem está no mercado informal, trabalhadores domésticos informais, profissionais autônomos, empregadores, militares e estatutários. A ausência de uma base de informações atualizada impede políticas eficazes em relação à saúde do trabalhador.