André Alves, secretário de saúde da Fetquim, lembra que “a Reforma da Previdência impõe o trabalho até a hora da morte, com mais de 40 anos de contribuição e outros trabalhadores não conseguem a contribuição mínima de 20 anos e devem se resignar a ter um beneficio assistencial de 1 salario mínimo. Isso é crueldade, por isso devemos continuar lutando pelo Fora Bolsonaro para essa maldade do atual governo não continuar”.
Em plena pandemia os contribuintes ficaram à própria sorte e não conseguiram proteção para as sequelas da Covid.
Para Airton Cano, coordenador da FETQUIM, “o endurecimento das novas regras da Previdência deixou os trabalhadores brasileiros mais pobres nestes dois anos. O mercado “engordou” os mais ricos. Toda a politica neoliberal no momento quer engordar os acionistas estrangeiros, no caso da Petrobras, com o preço excessivo da gasolina e diesel e gás, aumentando a inflação e fazendo o povo e os trabalhadores penarem em vez de reforçar o papel da Petrobrás a serviço da soberania e do povo brasileiro.”
Confira os principais retrocessos e dificuldades causadas pela reforma e a redução da renda na aposentadoria, levantados pela assessoria de Saúde e Segurança da Fetquim- CUT:
1. Pensões por morte previdenciária (comum): caíram de 30% a 40%, em média. Agora não são mais 100%, e perdem o direito de tirar do cálculo 20% dos menores salários.
2. A implantação da idade mínima: Antes da reforma a contribuição de 35anos para homens e 30 anos para mulheres era o tempo suficiente para aposentadoria. Agora os homens precisam ter 65 anos e as mulheres 62 anos.
3. Se os homens não conseguirem 20 anos mínimos de contribuição e as mulheres 15 anos, isso concentrará mais renda revertida para custear os salários mais elevados e o trabalhador que tenha contribuído por 19 anos com ate 3 ou 5 salários mínimos (SM) receberá tão somente um beneficio assistencial de 1 salário mínimo.
4. Aposentadoria Especial por exposição a agentes insalubres: antes podia se aposentar com 25 anos de contribuição, agora além dessa mesma exigência precisa também ter 60 anos. Trabalhará 15 anos a mais....
5. No caso da reforma e mais pandemia e desemprego: a aposentadoria ficou mais distante e haverá menor contribuição e menor valor do benefício futuro.
6. A idade mínima impôs uma desigualdade brutal no gozo futuro da aposentadoria. Os pobres não tem uma expectativa de vida maior que 70 anos, portanto os homens sobrevivem mais 5 anos. As pessoas de maior renda nos bairros nobres tem expectativa superior a 80 anos, podendo viver de 15 a 20 anos a mais.
Fonte: Reforma da Previdência e Assessoria de Saúde e Previdência da Fetquim-CUT.