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Campanha eleitoral e  salarial, mobilização e novas tecnologias

Estamos em meio a dois grandes momentos: O primeiro momento é a campanha eleitoral definindo os rumos de nosso país para os próximos 4 anos: com os candidatos progressistas ( Lula, Haddad, Manuela, Boulos, entre outros) com a continuação do crescimento econômico com geração de emprego, distribuição de renda e melhor equidade, ou com os candidatos de direita  e extrema direita -  rentismo, concentração de renda e pobreza, privatizações, orgia de lucros astronômicos e perda da soberania nacional. 

O segundo e atual momento é a nossa Campanha Salarial  dos Químicos 2018/2019 que se aproxima. Necessária a unidade permanente com todos os setores organizados das diversas campanhas salariais em curso principalmente no setor industrial, com a união das centrais sindicais, CUT, Intersindical, Força Sindical entre outras. A tarefa dos dirigentes sindicais é não deixar cair a peteca desses dois momentos. 

Não podemos  ter mais retrocessos políticos e precisamos recuperar o que perdemos com o golpe jurídico, mídiático e parlamentar, alimentados pelas forças econômicas do capital. Continuar resistindo contra a Reforma Trabalhista, contra a Reforma Previdenciária que quer favorecer os grandes bancos, contra o congelamento dos gastos de saúde, educação, inovação tecnológica, cultura entre outros temas.

A necessidade de mobilização permanente é urgente e necessária para não termos nossos salários achatados pela inflação que aparece no atual momento com o preço extorsivo dos combustíveis, das nossas contas de luz ( decorrente do processo de privatização em curso), do preço dos alimentos, e demais gêneros de primeira necessidade. Portanto, toda a força agora para nossa Campanha Salarial para que não tenhamos retrocessos.

Importante recordar que no atual momento de recessão econômica provocada pelos cortes governamentais para os mais pobres, com um desemprego alarmante, e uma alta taxa de informalidade, o patronato aproveita para colocar na ordem do dia mudanças tecnológicas, o avanço da nanotecnologia, sem discutir qualquer coisa conosco, o que pode impactar grandemente na nossa saúde física ( efeitos desconhecidos de novos produtos)  e mental ( decorrente da intensificação e o pouco tempo livre). A história do operariado nos mostra que a introdução de novas tecnologias sempre ocorreu no período das grandes crises. Em 1929 na grande crise se aprofundou a mecanização da produção, via fordismo, e a atual crise mundial de 2008 que quer discutir abertamente a Indústria 4.0, acelerando esse processo na América Latina,  com o propósito de diminuir os postos de trabalho sem atentar para as consequências disso. 

Queremos discutir isso sem os empecilhos da Reforma Trabalhista, garantir maior qualificação a todos os trabalhadores, discutir os rumos políticos de nosso país, e garantir fundamental uma melhor distribuição de renda com qualidade de vida no trabalho com tecnologias onde prevaleça nossa saúde física e mental.
 

Airton Cano

Airton Cano |
Coordenador Político da Fetquim