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26 de Agosto de 2013

Unificados aprovam pauta em encontro de base


Fonte: Assessoria Unificados 

No encontro de base do Unificados as trabalhadoras e trabalhadores aprovaram a pré-pauta de reivindicações para a campanha salarial 2013 discutida na Federação dos Trabalhadores no Ramo Químico de São Paulo (Fetquim), da qual o Unificados faz parte. O encontro foi realizado ontem (25 de agosto), com a participação de companheiras e companheiros das regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo.

Embora neste ano a negociação seja apenas dos itens econômicos, ou seja, aumento real nos salários e no piso da categoria e da participação nos lucros e resultados (PLR), a pauta que será entregue à patronal incluirá também a reivindicação pela redução da jornada para 40 horas semanais sem redução nos salários e com sábados e domingos livres, mais a licença maternidade de 180 dias.

Dirigentes do Unificados fizeram exposições sobre o atual cenário econômico, favorável às empresas do ramo químico por conta dos subsídios oferecidos pelo governo. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o faturamento da indústria química brasileira em 2012 foi cerca de R$ 293 bilhões. No mês de junho, as vendas internas de produtos químicos de uso industrial registraram crescimento de 6,90% em relação a maio, com perspectiva de manutenção deste crescimento.

Já o custo de vida dos trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos cresceu 4,5% entre novembro de 2012 e julho de 2013, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Essa é a realidade dos trabalhadores da base do Unificados e a previsão é de que este porcentual chegue até 6% em outubro.

Diante destes dados, a reivindicação econômica aprovada é a de 13% de aumento salarial, piso de R$ 1.550,00 (valor que recupera a mesma valorização do salário mínimo, aplicado ao piso dos químicos), PLR de R$ 2.860,00 (tomando como base o salário mínimo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos, o Dieese) e cesta básica gratuita, sem condicionantes, uma vez que muitas empresas não tratam como um benefício, suspendendo-a em caso de faltas, atrasos ou mesmo com a apresentação de atestado médico.