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25 de Setembro de 2017

Unidade marca a entrega da pauta da campanha salarial 2017 ao CEAG-10


Escrito por: Fetquim


Fetquim
Crédito: Dino Santos

Representantes da FETQUIM/CUT e sindicatos filiados, ao lado da FEQUIMFAR/Força Sindical, entregaram na manhã desta segunda-feira (25), em São Paulo, suas pautas aos representantes do patronato (Grupo CEAG-10 da Fiesp) para a campanha salarial 2017.

Airton Cano, coordenador político da Fetquim, destacou a importância destas negociações. “Esta campanha tem uma novidade: a unidade na luta, a unidade entre as centrais. Nossa pauta não é igual, mas é parecida. Vamos defender a nossa convenção, construída com muito suor, muita luta, pessoas que deram suas vidas, e defender os trabalhadores e trabalhadoras do ramo químico”, afirmou.

“Nosso objetivo conjunto é defender nossa cultura negocial e aquilo que construímos há décadas”, reforçou o dirigente do Sindicato dos Químicos de SP, Osvaldo da Silva Bezerra (mais conhecido como Pipoka), que ofereceu o auditório do sindicato para a realização do evento.

Nilza Pereira de Almeida, representando a Fetquim e a Intersindical, destacou: "É uma ação importante para este momento político ter as duas federações (Fetquim e Fequimfar) entregando suas reivindicações em conjunto justamente durante esse ataque maciço aos nossos direitos".

Edson Bicalho, secretário geral da Fequimfar, lembrou que a reforma trabalhista foi comprada e aprovada sem a devida discussão com a sociedade e nem mesmo com os representantes patronais ali presentes.

“Essa campanha é um marco. Independentemente de bandeira de central nós somos químicos e temos unidade. Temos feito esse trabalho em outras regiões do País e com certeza vamos com essa unidade cumprir com o nosso papel de representante dos trabalhadores e trabalhadoras do setor químico de SP”, destacou Antonio Silvan Oliveira, presidente da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico).

Lucineide Varjão Soares, presidente da CNQ (Confederação Nacional do Ramo Químico), pediu unidade e solidariedade nas negociações.

O que disse o patronato

Gilmar do Amaral, coordenador do CEAG 10 da Fiesp, procurou acalmar a plateia de sindicalistas - que compareceu em peso à cerimônia de entrega da pauta de reivindicações ao patronato, numa clara demonstração de força e unidade

“Vejo muitos de vocês aqui, que tinham cabelos mais fartos e nem tão brancos. Isso trouxe para nós experiência, maturidade e responsabilidade na representação dos trabalhadores e como também das indústrias. Capital e trabalho sempre vão caminhar juntos. Não existe o capital sem o trabalho nem o trabalho sem o capital. Então o que temos que buscar sempre é o entendimento para que tenhamos uma convenção equilibrada, com muito bom senso, e as partes consigam no fim sair satisfeitas. É o que todos nós temos que buscar com a experiência e o que o tempo nos trouxe”, disse Amaral.

José Roberto Skinello, coordenador de negociações do CEAG10, informou que os 11 sindicatos patronais terão assembleias até a primeira semana de outubro para depois entregarem suas propostas. “Nosso entendimento é que o impacto desta reforma trabalhista para a convenção coletiva de trabalho, por mais que se tenha algum tipo de preocupação, não é assim tão contundente. Tudo aquilo que poderíamos negociar sem a presença da reforma trabalhista, no passado, continua igual. Aquilo que ocorreu durante a vigência passada da convenção coletiva, aquilo que teve de impacto, problemas, aí podemos resolver. Mesmo que tenha pontos a rever nós não teríamos tempo hábil para discutir os impactos da reforma nessa negociação coletiva. Precisamos de tempo para mastigar, tempo para digerir e tempo para conversar a respeito...que a gente tenha sucesso por mais um ano”, afirmou.