Na tarde de segunda-feira, 08/04, uma explosão de um tanque óleo na fábrica Prisma, em Sumaré, matou dois trabalhadores: Thiago Albino Benedicto, de 40 anos, líder de manutenção, e, Maicon Roberto João, de 28, auxiliar de manutenção. O Sindicato Químicos Unificados foi até o local do acidente, porém representantes da empresa impediram a entrada dos dirigentes.
O local foi interditado pela Defesa Civil até sexta-feira. Os/as trabalhadores/as denunciaram ao sindicato a falta de respeito com que a empresa agiu ao convoca-los a participar de uma reunião na manhã de terça (09/04) para orientar os/as companheiros a não passar informações ao Unificados. Uma flagrante prática antissindical e total falta de respeito com os/as companheiros/as ainda abalados com a situação.
Segurança zero
A empresa não tinha Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e alegava estar “esperando completar o quadro de funcionários”. Para o Unificados, uma desculpa sem fundamento, uma vez que por lei, todas as empresas com mais de 20 trabalhadores devem contar com a Cipa. A Prisma emprega cerca de 45 trabalhadores na fábrica de Sumaré.
Segundo denúncias que chegaram ao sindicato, além de não contar com a Cipa, a inspeção de segurança é feita por um estagiário de uma empresa terceirizada que comparece à fábrica uma vez por semana.
Não bastasse esta situação precária e negligente em relação à atenção à saúde e segurança dos trabalhadores, desde o dia 1º de abril, a direção da Prisma passou a adotar a jornada (6×2). O Unificados não concorda com esta jornada e por isso não autorizou sua aplicação, nem assinou acordo. Porém, a empresa impôs a mudança pressionando os trabalhadores a assinar acordos individuais.
O Sindicato se solidariza com os familiares, companheiros de trabalho e amigos das vítimas deste acidente fatal e seguirá atuando para que a Vida esteja acima do lucro.