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24 de Fevereiro de 2014

Trabalhadores da Natura lutam por PLR e nova proposta de jornada de trabalho

Fonte: Imprensa Químicos Unificados 

Os trabalhadores e trabalhadoras da Natura, em Cajamar, atrasaram a produção por três horas na noite de sábado (22/02/2014) para domingo em protesto contra a recusa por parte da empresa em negociar uma participação nos lucros e resultados (PLR) integral.

Durante o final de semana o Unificados fechou o ciclo de assembleias com os três turnos da empresa, no qual os trabalhadores votaram pelo pagamento do valor integral da PLR; abertura de negociações para formalização de termo aditivo ao acordo; indicação de data para início das negociações e outros itens relacionados às condições de trabalho que serão apresentados posteriormente. A PLR e a jornada de trabalho foram definidas como as prioridades no momento.

A Natura comunicou que não atingiu sua meta e, por esse motivo, irá pagar apenas 15% do valor da “Meta da Empresa”, ao invés dos 30%. Durante a reunião mediada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, realizada em 14 de fevereiro, a empresa afirmou que não está aberta à negociação, o que motivou o protesto dos trabalhadores na assembleia e o atraso na produção.

O sindicato protocolou documento com a pauta de reivindicações e os trabalhadores decidiram aguardar por72 horas para que a empresa se manifeste.

Jornada de trabalho

Vencida desde 2010, a jornada de trabalho na Natura é prioridade para os trabalhadores, porém a empresa vem empurrando a definição. Um argumento colocado pela Natura para não aceitar uma das propostas de jornada feitas pelo sindicato é de que o Corpo de Bombeiros não autoriza sobrepor dois turnos na fábrica, pois o número de pessoas circulando no local seria acima do considerado seguro.

Esse argumento, no entanto, não é válido para a Natura na hora de organizar as máquinas na produção, uma vez que os trabalhadores ficam amontoados e sem espaço para circular.

A empresa utiliza dois pesos e duas medidas e deixa claro que não está disposta a regularizar a questão da jornada de trabalho e se utiliza de argumentos frágeis para impedir que um acordo favorável aos trabalhadores seja firmado.

O clima na Natura é de insatisfação e a mobilização pelas reivindicações segue firme.