Trabalhadores da Merial- Boehringer, em Paulínia (SP), decidiram entrar em greve contra a posição arbitrária e intransigente da empresa de impor a todos a jornada de segundap-feira a sábado, sacrificando os momentos de convívio dos companheiros. Além disso, a empresa impôs banco de horas nas unidades de Campinas e Paulínia.
O Sindicato dos Químicos Unificados havia rejeitado as propostas da empresa em reunião no final do ano passado e alertado que os trabalhadores não aceitariam tais mudanças. Porém, a Merial ignorou e quis “pagar para ver” comunicando que a alteração de jornada passaria a valer do primeiro dia de janeiro em diante.
A regional Campinas do Sindicato Químicos Unificados realizou assembleias dia 29/01 e os companheiros decidiram realizar um dia de protesto para que a empresa reabrisse a negociação. A pauta protocolada pelo sindicato reivindicava a anulação das alterações realizadas e a implantação da 5ª turma, que poderia solucionar as demandas por produção. Após o protesto, a empresa chamou ou sindicato para uma reunião, porém sem acordo. Com isso, os/as companheiros decidiram entrar em greve a partir do dia 01/02.
Sábados e domingos livres
O Unificados defende que os/as trabalhadores/as tenham sábados e domingos livres. O descanso aos finais de semana é fundamental para a saúde dos trabalhadores porque assegura o convívio familiar, a vida social. Na Merial, até então, os companheiros folgavam sábado e domingo alternados. Ao mudar a jornada, a empresa está privando os/as trabalhadores/as de terem qualidade de vida. Esta situação favorece o stress, o sofrimento psíquico, adoecimento físico e acidentes.
Em relação ao banco de horas, a atual convenção coletiva deixa claro que ela não se aplica a quem trabalha em turnos e nos casos em que é permitido, é necessário que os/as trabalhadores/as decidam em assembleia realizada pelo sindicato.