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23 de Agosto de 2011

Seminário aprova indicativo para pauta reivindicatória


Por Assessoria

Em seminário realizado na quinta-feira (18), a Fetquim aprovou indicativo para a pauta reivindicatória da campanha salarial da categoria química com data-base em novembro. A proposta, que será debatida nas assembleias dos sindicatos, é de exigência de 6% de aumento real nos salários e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário.

A negociação deste ano incluirá apenas as cláusulas econômicas, e a estratégia da federação será concentrar esforços nestas duas reivindicações. A direção da Fetquim avalia que as adversidades econômicas que se manifestam em vários países não poderão ser usadas como desculpa pela patronal. Segundo o DIEESE, as estimativas para crescimento do PIB em 2011, no Brasil, ficam entre 3,4% a 4%, que está na média do crescimento previsto para a economia mundial.

Outro fator que pesa a favor de um desdobramento positivo na campanha salarial é o desempenho da indústria química. Após recuperar-se dos impactos da crise de 2009, os diferentes segmentos da indústria química tiveram significativo crescimento de produção no Brasil e no Estado de São Paulo, que concentra quase metade do ramo nacional.

Inflação deverá ser maior que em 2010

Para calcular a inflação do período de 1 de novembro de 2010 a 31 de outubro de 2011, faltam as taxas dos meses de agosto, setembro e outubro. No entanto, é possível fazer uma estimativa. Tanto para o ICV-DIEESE quanto para o INPC-IBGE, calcula-se que a inflação fique próxima de 6,6%. Representa quase 1,5 ponto percentual acima do verificado na data-base de 2010.

No que diz respeito à perspectiva de repor a inflação e conquistar aumento real, vale analisar as negociações salariais realizadas em 2011 até o momento. Das 353 negociações registradas na base de dados do DIEESE, 298 ficaram acima do INPC, sendo que um número considerável ficou acima dos 2,5% de ganho real.

Fetquim vai investir na mobilização

Nesta campanha, a federação representa os sindicatos dos químicos do ABC, São Paulo, Osasco, Campinas, Vinhedo, Jundiaí e São José dos Campos, abrangendo mais de 70% da categoria no estado.

Nas manifestações das entidades há uma grande disposição não só em realizar mobilizações nas bases dos sindicatos, mas também em investir numa ação mais coordenada para aumentar o poder de pressão.

Na próxima semana, representantes dos sindicatos e da Fetquim se reúnem para fechar a estratégia desta que promete ser uma campanha de intensa mobilização.