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12 de Janeiro de 2011

Segundo Dieese, cesta básica de SP acumula alta de 16,20% em 2010

Fonte: UOL

O preço da cesta básica de São Paulo acumulou alta de 16,20% no ano de 2010, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP, em convênio com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), e divulgada nesta terça-feira (11).
No último mês do ano, os paulistanos pagaram R$ 265,15 para comprar os produtos essenciais, o que representa alta de 0,20% em relação a novembro, quando o valor era de R$ 264,61. O montante mantém São Paulo no primeiro lugar do ranking das cestas mais caras do País, ficando R$ 13 à frente da segunda colocada.

Quedas e altas
Do total de produtos da cesta paulistana, os destaques de aumento nos preços no ano que se encerrou ficaram com o feijão carioquinha (66,64%) e com a carne bovina de primeira (35,32%). Quatro outros produtos também aumentaram mais do que 10%: açúcar refinado (19,59%), farinha de trigo (16,73%), leite in natura integral (12,53%) e pão francês (11,22%).
Os outros produtos tiveram as seguintes altas: 9,35% para a banana nanica, 8,10% para o óleo de soja, 7,62% para a manteiga, 5,82% para o arroz agulhinha e 0,95% para o café.
Dos 13 produtos que compõem a cesta, apenas dois tiveram queda nos preços em 2010: batata (-24,14%) e tomate (-15,90%).

Variação mensal
Considerando a variação entre novembro e dezembro, apenas dois produtos apresentaram queda nos preços: feijão (-14,11%) e batata (10,20%). Já a banana foi o único alimento cujo preço não variou.
Entre os aumentos, estão açúcar (7,91%), óleo de soja (6,37%), tomate (5,31%), farinha de trigo (3,63%), manteiga (2,58%), leite (1,82%), carne (1,73%), café (1,11%), arroz (1,01%) e pão (0,75%).


Comprometimento da renda
Com a cesta em R$ 265,15, o custo médio da cesta básica tomou 56,51% do salário mínimo líquido do trabalhador da cidade de São Paulo, já deduzida a quantia recolhida à Previdência Social. Em novembro, o comprometimento era de 56,40% e, há um ano, de 53,34%.
Ainda de acordo com o Dieese, o paulistano remunerado pelo salário mínimo teve de cumprir uma jornada de 114 horas e 23 minutos para adquirir todos os produtos essenciais, tempo maior que o verificado um mês antes, quando foram necessárias 114 horas e 09 minutos de trabalho, e no mesmo período do ano passado, quando o tempo era de 107 horas e 58 minutos.