A Coordenação Nacional da Rede de Trabalhadores BASF pediu formalmente nesta segunda-feira (20/03) uma reunião urgente com a direção da empresa para obter informações e esclarecimentos sobre as denúncias de trabalho escravo em Uruguaiana (RS) divulgadas pela grande imprensa.
De acordo com a RBS TV, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) aponta a Basf como a "efetiva empregadora" dos 85 trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão em lavouras de arroz de Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.
O órgão aponta que a empresa multinacional de grãos "detinha absoluto controle e gerenciamento sobre tudo o que acontecia na plantação, incluindo a capacitação e a utilização dos trabalhadores resgatados".
No contexto do diálogo social a Rede BASF de Trabalhadores já havia expressado preocupação em relação a subcontratação de abordagem ampla.
Em nota, a BASF afirma que "recebeu com surpresa a manifestação" e "continuará contribuindo com todas as autoridades, em especial o Ministério Público do Trabalho, para que se defina uma solução rápida e justa para todas as partes, principalmente aos trabalhadores". A empresa acrescenta que "segue exigências de contratação de fornecedores e subcontratados que incluem, entre outras medidas, que as empresas contratadas estejam de acordo com a lei trabalhista e sejam rigorosas no respeito aos direitos humanos".