Os trabalhadores e trabalhadoras do ramo químico de São Paulo reivindicam a reposição integral da inflação, um aumento real de 5%; piso de R$ 2 mil e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) mínima de dois pisos salariais: R$ 4 mil. A pauta foi aprovada em assembleia realizada na última sexta (13/09) e se refere à Campanha Salarial dos Químicos 2019.
Hélio Rodrigues, coordenador geral do Sindicato, lembra que este ano as negociações envolvem só as cláusulas econômicas, já que no ano passado a Convenção dos químicos foi renovada integralmente por dois anos. “Nossa convenção é uma das melhores do país e, nesse momento de desmonte de direitos, tê-la automaticamente renovada é um grande ganho para os químicos”, observa.
Rodrigues destaca ainda o momento conturbado pelo qual o Brasil passa, com a economia estagnada e o desemprego em alta. “Temos um histórico de conquista de aumento real nas últimas campanhas salariais, mas sabemos que está cada vez mais difícil manter esse ganho. Sem união e mobilização, será difícil conquistar ganho real”, alerta.
Inflação
O índice que mede a inflação e serve de parâmetro para as correções salariais é o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), divulgado mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar de o trabalhador sentir no bolso que os produtos estão mais caros e que o seu salário está perdendo o poder de compra, a inflação oficial é baixa.
Nos últimos dois anos, a inflação medida pelo IBGE se manteve baixa: 3,43% em 2017 e 2,07% em 2018, e o acumulado até julho de 2019 soma 2,55%, portanto, não deve passar de 3,5% até a data-base dos químicos.
Pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2019
Cláusulas econômicas
§ Reajuste salarial: reposição da inflação mais 5% de aumento real.
§ Piso: R$ 2 mil
§ PLR: R$ 4 mil