O acampamento Marisa Letícia, mantido pela militância de esquerda em Curitiba perto da Superintendência da Polícia Federal do Paraná (onde continua mantido preso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desde 7 de abril), conta com o apoio permanente de dezenas de militantes – que se revezam todos os dias na vigília por Lula livre e pela defesa da democracia no Brasil. Nesta semana uma delegação de químicos foi mais uma vez engrossar o front de batalha.
O diretor da Fetquim Erasmo Carlos Isabel (o Tucão), conta sobre a casa alugada pelos químicos nas imediações para o preparo de alimentos, banho e descanso dos que estão na resistência. “A casa recebeu o nome de Luis Carlos Gomes (Xiita), diretor do Sindicato dos Químicos de São Paulo e diretor da FETQUIM, morto em 2016”.
As refeições são preparadas com donativos. “A hostilidade do povo de Curitiba é grande. Não é fácil. Somos xingados na rua o tempo todo, o clima é de estresse e pressão constantes, tenho vindo toda a semana, temos que continuar na resistência”, diz Tucão.
Sidney Araújo, secretário de formação política da Fetquim, reforça a importância de se apoiar o companheiro Lula. “A prisão arbitrária imposta pelo juiz Sergio Moro tem a finalidade de tentar retirá-lo das eleições de 2018, após o golpe. Não podemos esquecer que ele foi o melhor presidente até agora para os trabalhadores e o povo brasileiro. Apoiar Lula é apoiar a democracia no Brasil”.
Todos os dias, de manhã e à noite, uma dezena de militantes se aproxima da sede da PF em Curitiba, onde Lula é mantido preso, e saúda o ex-presidente.