Fonte: Site Químicos ABC
Teve início às sete da manhã desta terça-feira, 19 de fevereiro, um grande protesto dos trabalhadores em frente a Solvay Indupa, em Santo André.
Organizado pelo Sindicato dos Químicos do ABC, o protesto conta com o apoio de sindicatos parceiros da região e deve atrasar em pelo menos duas horas a entrada dos trabalhadores no turno da manhã.
“Nosso principal objetivo é cobrar da empresa a garantia dos postos de trabalho. Não somos contra a venda da Solvay Indupa, mas queremos que essa venda seja condicionada à manutenção da planta e dos empregos”, pontua o secretário de administração e finanças do Sindicato, Juvenil Nunes da Costa, que é trabalhador da Solvay.
Anúncio da venda
Em comunicado aos trabalhadores, entregue na manhã do dia 14/2, o Grupo Solvay anunciou a venda da sua participação na Solvay Indupa, o que inclui a unidade de Santo André (SP) e de Bahia Blanca (Argentina). O ofício termina solicitando a todos que “continuem trabalhando, pois essa constitui a melhor maneira de nos preparar para o futuro”.
Tão logo os trabalhadores foram informados, o Sindicato dos Químicos do ABC tomou conhecimento da situação e procurou a empresa para obter mais informações.
Questionada sobre os boatos de dentro da fábrica de que a Solvay Indupa do Brasil seria vendida para a Braskem e a Solvay Indupa da Argentina para o grupo mexicano Mexichem, os representantes do Grupo Solvay afirmaram que ainda não havia definição dos compradores.
“Na reunião”, conta Juvenil, “a empresa afirmou que a venda é uma estratégia de negócios decidida pela matriz belga e a intenção é que o comprador não feche a planta, mantendo a empresa e os empregos, porém, o Grupo Solvay não pode garantir que isso aconteça”.
O Sindicato está tomando todas as medidas possíveis para evitar o fechamento da Solvay Indupa e, consequentemente, a demissão de trabalhadores.“Já contatamos o prefeito de Santo André Carlos Grana e com os parlamentares da região para discutir a situação, pois além dos 360 empregos diretos, a Solvay Indupa representa 60% de todos os impostos arrecadas no município”, afirma o presidente do Sindicato Paulo Lage.