PM confisca caminhão, mas não impede marcha de 200 mil de seguir em São Paulo
Escrito por: Imprensa CUT São Paulo - Luiz Carvalho, com c
Desde o início da manhã de 1º de Maio, policiais militares e funcionários da prefeitura de São Paulo procuraram tumultuar a realização dos atos da CUT e parceiros no Dia Internacional do Trabalhador em São Paulo.
No final da tarde, quando manifestantes já deixavam o local de concentração, na Avenida Paulista, a PM desenhou mais um capítulo desse show de horrores ao, segundo a direção da CUT-SP, usar de artifícios pitorescos para impedir que a manifestação democrática de avançar.
“O coronel responsável por essa operação dialogou diretamente com nosso advogado e acordamos que este caminhão na Consolação que guiaria a marcha desceria. Mas, quando fomos procurar o motorista, não o encontramos e descobrimos que as chaves do veículo e os documentos foram confiscados pela polícia que sumiu”, denuncia o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres.
Porém, mesmo com essa barreira, a manifestação com mais de 200 mil pessoas seguiu com show da cantora Leci Brandão.
Para o presidente da CUT-SP, o episódio é um reflexo do momento que o Brasil vive. "Isso é censura, não há alegação para que o nosso caminhão seja proibido. Isso é a censura da Polícia Militar, um absurdo que estamos vivendo. O Brasil está sob um Estado de exceção, o nosso direito de manifestação não está garantido"
Secretário de Mobilização da CUT-SP, João Gomes, aproveitou para mandar um recado aos golpistas. “Não adianta baixar a repressão, enfrentamos a ditadura e vamos continuar na luta para defender os nossos direitos, inclusive de livre manifestação”, alertou.