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06 de Fevereiro de 2014

Para dirigente do MST não há como separar a luta imediata da luta política


Por Assessoria  

“É importante que as pessoas percebam que é possível conquistar quando há luta” afirmou o dirigente do Movimento Sem Terra Gilmar Mauro durante mesa de análise de conjuntura no Congresso da Fetquim. Gilmar estava se referindo às manifestações de junho do ano passado que, na sua opinião, obtiveram conquistas, ainda que pequenas.

No entanto, o dirigente lembrou que foi um movimento com muitas contradições, fato que se deve a um período difícil de crise ideológica. “A crise do socialismo afetou um conjunto de militantes pelo mundo afora, e não é diferente no nosso país.”

Por isso, Gilmar Mauro alertou para o risco de sermos consumidos pelo ativismo, e destacou alguns pontos para a ação dos movimentos sociais. O primeiro deles é a formação. “Ninguém luta contra aquilo que não conhece”, ressaltou. Para ele, é preciso desenvolver formas de estimular o estudo junto à classe trabalhadora.

Outro ponto fundamental abordado por ele foi a organização e o estímulo à luta, “através da qual o protagonismo do trabalhador se faz concreto”. Gilmar destacou que há várias táticas que os governos e patrões já assimilaram. E questionou: “que novas táticas de luta nós temos que desenvolver no próximo período?”

O dirigente do MST ressaltou ainda o desafio da unidade. “Não dá para pensarmos em mudanças sociais profundas se estivermos fragmentados.” Neste ponto, destacou a experiência positiva da Fetquim, que convive com diversas correntes e experiências sindicais combativas.

 Por fim, Gilmar voltou a reforçar a importância da sintonia entre os dirigentes e a base. “Eu acredito na construção coletiva. Mudança social profunda não vem de cima para baixo. Ou a gente organiza a luta e a classe trabalhadora para ser protagonista ou não haverá mudança.”