Com as informações dos dados estatísticos de Saúde e do IBGE, a assessoria de Saude e Previdência da Fetquim-CUT, estima que teremos mais de 3 milhões de afastamentos do trabalho (licenças de afastamento por doença) pela onda de gripe e Covid até meados de março . Essa estimativa corresponde a nada menos que 10% da força de trabalho no Brasil, entre trabalhadores privados formais e públicos (perto de 34 milhões de trabalhadores), excluídos neste número os que estão em home office (serviços fora do local de trabalho).
Na Espanha a onda de Ômicron e gripe afastou 2 milhões de trabalhadores até janeiro de 2022, entre os 19 milhões de trabalhadores formais. Segundo o Ministro de Seguridade Social Espanhol (El país - 22/01/22), equivale a cerca de 10% do mercado de trabalho espanhol.
No Brasil estamos em plena onda de casos desde o final de dezembro de 2021. Essa nova onda está dobrando o número de óbitos, atualmente em 350, somando-se aos 663 mil óbitos. Há o aumento de milhares de pessoas infectadas, que desde o inicio da pandemia é de mais de 24 milhões.
Porém, como ocorre na Espanha, o número de dias de afastamento poderá ser menor, cerca de 10 dias. Essa diminuição de dias decorre da vacinação, conforme declaração de vários cientistas, entre os quais o neurocientista Miguel Nicolelis.
Este vai e vem de ondas de contaminação persistirá, devido as novas variantes e as endemias de gripes, e exigirão permanentes campanhas de vacinação, segundo a assessoria de saúde e previdência da Fetquim/CUT.
Dirigentes sindicais químicos continuam alertas contra o negacionismo e os cuidados permanentes nas empresas e exiga continuidade da vacinação.
Já desde o início de janeiro a Fetquim tem alertado seus sindicatos filiados quanto aos cuidados redobrados dessa onda de gripe e covid em curso, conforme matéria (http://fetquim.org.br/noticias/terceirizados-de-empresas-quimicas-sao-mais-atingidos-pela-onda-de-gripe-e-suspe-9af7/).
Airton Cano coordenador da Fetquim- CUT, reforça “anecessidade permanente da vacinação para todos os trabalhadores, indistintamente, assim como agora reforçar a imunização das crianças nas famîlias junto ao SUS". "Estamos em alerta permanente junto ås empresas e à patronal porque não podemos relaxar de modo algum nesta nova onda de gripe e covid. Exigimos cuidados redobrados nas empresas, no transporte publico e na comunidade em geral.”
André Alves, secretário de Saúde da Fetquim, denuncia “a permanente omissão do governo federal e do ministro da Saúde". "O negacionismo persiste, e não faz alertas para diminuir o contágio. Pior que, com o aumento dos contaminados nas fábricas devido ao contágio no trabalho, as empresas não abrem CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho)."
Fonte: El País, Previdencia , IBGE e Assessoria de Previdência e Saude da Fetquim/CUT.