Várias personalidades políticas e lideranças sindicais prestigiaram a posse da nova direção do Sindicato dos Químicos do ABC, realizada na manhã de sábado, 25 de abril, no CEFELQUI, o clube de campo da categoria química.
Mais de 700 trabalhadores compareceram com seus familiares à festa, que teve bebidas, churrasco, banda de música e muito diversão para crianças, além do uso das piscinas e das quadras esportivas.
O prefeito Donisete Braga, de Mauá, deu início a um breve ato político, seguido da apresentação de cada membro da nova direção eleita. “Quero parabenizar a direção do Sindicato que toma posse hoje e reafirmar nosso compromisso com a categoria química. O Polo Petroquímica é muito importante para a geração de emprego, renda e qualificação dos trabalhadores e vamos trabalhar para a instalação de uma subsede do Sindicato em Mauá”, disse Braga.
O vereador e presidente da Câmara Municipal de Mauá, Marcelo Oliveira, e o vereador e presidente da Câmara Municipal de São Bernardo, José Luis Ferrarezi, saudaram a nova direção e a categoria em nome dos demais vereadores de Mauá e São Bernardo. O deputado estadual Luiz Fernando Teixeira também compareceu à cerimônia.
O clima era de festa e celebração, mas o ato foi também marcado por pronunciamentos reforçando a necessidade do enfrentamento para barrar o PL 4330 da terceirização e defender a democracia.
“Na minha terra costumam dizer que em momentos como este precisamos de muito sebo nas pernas, porque vamos andar muito, vamos ter que ir muito para Brasília este ano, um ano de muitas lutas”, disse a presidenta da Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT (CNQ) Lucineide Varjão.
Encerrando o ato, o presidente do Sindicato, Raimundo Suzart destacou os riscos da precarização do trabalho que a categoria química enfrentará caso o projeto da terceirização vire lei. “Tudo que estávamos discutindo com o governo ficou muito pequeno após Cunha aprovar o PL 4330. Precisamos fazer o enfrentamento e barrar o PL 4330, caso contrário não haverá mais posse nem diretoria do Sindicato. Os trabalhadores do Polo que hoje têm os melhores salários serão terceirizados e passarão a receber de 30% a 40% do que recebem hoje. A categoria química, que está em torno de 40 mil trabalhadores, diminuirá para 10 mil”, afirmou.
Raimundo conclamou todos à mobilização. “Temos que ir às ruas, temos que lutar, vamos defender os nossos direitos, a democracia e a presidenta Dilma, que foi legitimamente eleita pela maioria dos brasileiros. Temos que levantar a cabeça e ter orgulho das mudanças que o Partido dos Trabalhadores e a CUT fizeram neste país a partir da eleição de Lula”.
Direção 2015 – 2019
A direção que tomou posse no Sindicato dos Químicos do ABC foi eleita no pleito realizado de 26 a 28 de novembro com chapa única, sendo a Chapa 1 – Organização e Luta!, eleita por 98% dos votos válidos. O mandato que se inicia será de quatro anos e a nova direção já começa a preparar o 12º Congresso dos Químicos do ABC, previsto para julho deste ano.