Morre Margarida Barreto, pioneira no estudo sobre assédio moral e sexual

Morreu nesta quinta-feira a médica, professora e pesquisadora, Margarida Maria Silveira Barreto, após uma longa e difícil batalha contra o câncer. Pioneira nos estudos sobre assédio moral e sexual no país,  ela dedicou sua vida à saúde no trabalho e deixa um legado muito importante de pesquisas e contribuições para a luta em defesa da classe trabalhadora.

"Margarida Barreto era dedicada a pesquisa e estudos contra o assédio moral e sexual..... ela estará presente em nossa luta principalmente pela ratificação da Convenção 90 da OIT contra todas formas de violência e assédio mundo do trabalho", lembra Remígio Todeschini, assessor de Saúde do Trabalho da FETQUIM.

A professora sempre explicou que para entendermos o contexto da violência nos ambientes de trabalho é fundamental que lembremos que o Brasil é uma sociedade patriarcal, um dos países mais desiguais do planeta e que preserva estruturas oriundas de um sistema escravocrata.

Ela também foi uma das vozes de destaque que chamou atenção pelo agravamento da violência no trabalho dentro do contexto da pandemia, no contexto de crise social ampliada pela fome, pelo crescimento da miséria e o paradoxal aumento de grandes fortunas no País. 

Margarida deixa um legado de luta e pesquisas para todos e todas.

Margarida presente!