Um mar de pessoas tomou as ruas próximas à sede do poder legislativo dos Estados Unidos, em Washington, durante a Marcha das Mulheres realizada no dia 21/01. O ato reuniu, segundo a organização, cerca de 2,5 milhões de pessoas que marcharam em defesa dos direitos humanos e igualdade entre todos, independentemente de gênero, etnia e religião. Foram registradas manifestações em 600 países.
Mulheres e homens de todas as idades seguiram o mesmo percurso do desfile da posse do presidente Donald Trump, que partiu do Congresso até a Casa Branca – sede do poder executivo dos Estados Unidos. A manifestação reuniu muito mais pessoas que a posse de Trump. Esta gigantesca manifestação é uma resposta imediata da população mundial às declarações desrespeitosas às mulheres feitas pelo presidente recém empossado nos Estados Unidos Donald Trump e às medidas conservadoras e xenofóbicas (que disseminam o ódio e aversão às pessoas que vem de fora do país) anunciadas durante sua campanha eleitoral.
A marcha mostra a resistência e disposição de luta de milhões de pessoas em defesa de direitos como o casamento igualitário, o programa de saúde que beneficiou a população nos últimos anos e que agora Trump ameaça interromper, e também a exigência de respeito por parte do governo aos imigrantes, refugiados, muçulmanos e a comunidade afro-americana.
O resultado da eleição em novembro do ano passado motivou a aposentada havaiana Teresa Shook a lançar, sem grandes pretensões, um evento em rede social convidando mulheres a protestar na capital estadunidense após a posse do republicano. O evento foi crescendo em adesão até resultar na grande marcha que contou com a participação de ativistas dos direitos civis e celebridades como a cantora Madona e o documentarista Michael Moore.