Já são mais de 125,6 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. Gente que não se alimentou como deveria ou já tinha incerteza se teria comida no prato durante a pandemia do novo coronavírus. Esta dura realidade foi tema de LIVE especial do MACROSSETOR da Indústria da CUT, realizada na última terça-feira (26/04), que discutiu a fome, a doença, os quase 400 mil mortos pela Covid-19 e este governo que deixa o povo na miséria, sem renda, sem direitos, sem saúde, sem vacina.
A pandemia só evidenciou o desmonte do Estado que já estava em curso desde o golpe de 2018. “Perdemos o que conquistamos. A fome voltou, a desesperança voltou, mas o Brasil não é do Bolsonaro. Nós lutaremos por uma melhor proposta para a sociedade e vamos mostrar a importância das escolhas políticas”, defendeu o presidente do TID-Brasil, Rafael Marques.
“Estamos vendo as ações do governo para reduzir o valor da força de trabalho a qualquer preço em troca de comida. É importante que neste momento a gente faça essas ações de solidariedade e conscientização de classe e mostre a necessidade de ter um governo voltado para as classes sociais”, enfatizou Claudio da Silva Gomes, presidente da CONTICOM/CUT.
Comida no prato
Cida Trajano, coordenadora do Macrossetor da Indústria e presidenta da CNTRV CUT, mediou o debate e lembrou que “o Brasil é rico na produção de alimentos, mas ele não chega no prato de todo o mundo”.
Kelly Galhardo, da Secretaria de Política Sociais da CNM/CUT, lamentou a volta ao estado de miséria: “Vivenciamos na época do Lula ele tirando o Brasil da fome”.
O Brasil produtor de alimentos para o mundo permitiu que os produtos encarecessem nas prateleiras por falta de visão de abastecimento. “O agro faz o PIB crescer, mas não gera emprego, gera desigualdade”, lembrou Nelson Morelli, presidente da CONTAC-CUT. O caminho para a produção sustentável de alimentos é a agricultura familiar.
Juntos ao lado do povo
O Macrossetor da Indústria da CUT e seus filiados sempre estiveram ao lado do povo e continuam, mais do que nunca, na reparação das injustiças sociais, lutando por melhores salários, condições de trabalho, melhorando a convenção coletiva, direitos, emprego e renda – além de realizarem campanhas de arrecadação de alimentos e produtos de limpeza, auxiliar na busca por emprego e orientar questões de gênero, cor e raça, entre outras ações.
“Estamos mais vivos do que nunca”, ressaltou Airton Cano, coordenador da FETQUIM/CUT e CNQ/CUT. Ele lembrou que a crise trouxe mais unidade e que é preciso trabalhar para trazer tecnologia de ponta para o Brasil fabricar vacinas e produtos de alto valor agregado.
1º de maio
A LIVE foi parte das ações na semana que antecedem o 1° de maio de 2021. Para o secretário adjunto da Secretaria Geral da CUT, Aparecido Donizete, o momento é de reflexão e conscientização: “Acabaram com a estrutura mínima para os trabalhadores. Boa parte dos que estão passando fome estavam empregados há dois anos, foram para o subemprego e não têm sustento”.
Esteliano Pereira Gomes Neto, do Sinergia CUT, lembrou da música dos Titãs: “A gente não quer só comida, quer bebida, diversão e arte”. E completou: A gente também quer dinheiro, felicidade, prazer pra aliviar a dor. Vacina no braço e comida no prato”.