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24 de Maio de 2022

Luta permanente dos trabalhadores químicos em defesa da saúde e contra a poluição


Escrito por: Fetquim


Fetquim
Crédito: Divulgação CDN/Braskem

Diante da CPI do Pólo Petroquímico do ABC e da refinaria da Petrobras, que ocorre na Câmara dos Vereadores de São Paulo, é de interesse a todos os trabalhadores a luta permanente contra todo o tipo de contaminação, tanto interna nas empresas como externa aos moradores da redondeza e ao meio ambiente.  

O que se sabe junto à própria CETESB é que as fontes poluentes atualmente na Grande São Paulo e no Grande ABC provenientes da indústria estão na ordem de 20%, e que o percentual da poluição da queima de  combustíveis por transporte em geral e de outras fontes é maior e precisa sempre ser controlada pelos órgãos de controle como a CETESB e o Conama (Órgão Federal de Controle de Poluição). 

No ABC , o Sindicato dos Químicos tem lutado incessantemente contra as contaminações nos últimos 40 anos. Por exemplo, a pauta principal tanto junto a petroleiros quanto aos trabalhadores do pólo tem sido contra a contaminação por benzeno, um dos principais  produtos cancerígenos, e essa luta de contenção do controle do benzeno  tem  sido conseguida pela participação de anos junto ao Conselho Nacional de Benzeno de Representantes Sindicais  e a exigência de medidas  de proteção, informa Joel Santana, diretor dos Químicos do ABC.

Joel Santana afirma que “ quanto à poluição no pólo, desde a ampliação de produção petroquímica e da refinaria da Petrobrás em 2008 houve o compromisso com as empresas,  os sindicatos e os órgãos de controle para que os níveis de poluição e outras emissões poluentes diminuíssem 10%, o que tem ocorrido nos últimos anos segundo dados da própria Cetesb e do Conama.

Também houve a implementação de novos sistemas de energia com geração própria para estabilizar o processo químico, caso do Flare ( queima de gases), para evitar o barulho e a queima de gases para não afetar a população do entorno.

“Os estudos divulgados pela CPI, da professora  Maria Angela, da FMABC, constatando aumento de doença da tireóide entre os que moram no entorno do pólo precisam avançar para que também se observe a incidência ou não do mesmo problema entre os trabalhadores. Tudo deve ser financiado pelas empresas do Pólo e pela Petrobrás. Ao mesmo tempo deve ser cobrado junto às empresas à continuidade de programas de controle de poluição para a saúde tanto dos trabalhadores como da população em geral, e ao mesmo tempo a preservação dos 10 mil  empregos diretos e indiretos gerados pelo Pólo Petroquímico e a Petrobras de Capuava.”, conclui Joel Santana.