Cercado por centenas de metalúrgicos, trabalhadores e trabalhadoras de diversas outras categorias e representantes do movimento social, o ex-presidente Lula iniciou o seu dia no espaço onde começou a ser forjado como a principal liderança popular do País: o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
No auditório da entidade, que presidiu entre 1975 e 1981, Lula reafirmou que está tranquilo em relação ao julgamento de seu recurso nesta quarta-feira (24) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). "As pessoas que me julgarão estão com a consciência menos tranquila do que a minha", garantiu o ex-presidente à militância.
Lula lembrou do golpe iniciado em 2015 e todas as consequências nefastas dos ataques da elite econômica que tomou o poder no País. “O que acontece comigo é pouco perto do que aconteceu com milhares de desempregados. Pobre nesse País aparece apenas nas estatísticas. Quem começou a colocar o dedo na ferida fomos nós. Por conta disso, resolveram que o PT estava demais".
Agradecendo o apoio dos trabalhadores e trabalhadoras e dos setores sociais que estão mobilizados em todo o Brasil, além da solidariedade internacional recebida de representantes de vários segmentos, o ex-presidente disse que sua luta não acabará, qualquer que seja o resultado do julgamento no TRF-4.
"Só o dia em que eu morrer eu vou parar de lutar em defesa do povo brasileiro e na construção da democracia", garantiu.
O ex-presidente ficará no Sindicato até o final da tarde. De lá, segue para a manifestação na Praça da República, convocada pela CUT, as principais centrais sindicais do País, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, e que terá início às 17 horas.