A necessidade de fortalecer a indústria farmacêutica nacional, evidenciada durante a pandemia, está unindo diversas forças políticas que juntas passam a integrar a Frente Parlamentar da Indústria Farmacêutica no Estado de SP.
O lançamento oficial da iniciativa ocorreu na noite de terça-feira (7/12), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O anfitrião, deputado estadual Luiz Fernando (PT), coordenou os trabalhos.
Lado a lado representantes dos trabalhadores e sindicatos filiados à Fetquim/CUT/Intersindical sentaram à mesa com representantes do Sindusfarma (indústria farmacêutica) e do PSOL/Intersindical ,Edson Carneiro Índio.
Segundo o deputado Luiz Fernando, a Frente já conta com a adesão de 25 deputados e ele ainda irá trabalhar pela adesão de todos na casa.
“A conjuntura mostrou que não estávamos errados. Temos que ter uma indústria farmacêutica ativa, forte, que desenvolva medicamentos. Na pandemia vimos os governos como o dos EUA confiscando respiradores e não deixando vendê-los ao resto do mundo. Aí vimos a importância da indústria local”, lembrou Hélio Rodrigues, coordenador-geral do Sindicato dos Químicos de SP.
“Nós não temos a base dos insumos, os princípios ativos disponíveis no Brasil. Tudo é importado. Em São Paulo, o estado mais rico, este ano a indústria química e farmacêutica vão gerar um déficit comercial significativo por causa das importações”, afirmou Raimundo Suzart, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC. "Não é só defender a indústria, mas é defender que os trabalhadores e trabalhadoras sejam remunerados de acordo com o que as indústrias ganham".
Airton Cano, coordenador da FETQUIM, destacou a importância do SUS e das compras públicas.
Geralcino Teixeira, da CNQ/CUT, reiterou que a mudança no ramo farmacêutico passa obrigatoriamente pelo Parlamento. "Buscamos essa unidade para defender os empregos", afirnou.
Nilza Pereira Almeida, da FETQUIM e dirigente dos Químicos Unificados, lembrou que a iniciativa se refere aos diversos ramos que atendem a indústria farmacêutica, em nível estadual e principalmente nacional, incluindo papeleiros, vidreiros, logística, plástico, petroquímica, laboratórios... "Nossos desafios são imensos, mas estamos bastante motivados para garantir empregos e empregos de qualidade para a classe trabalhadora. A indústria farmacêutica emprega muitas mulheres, falar disso também é falar em garantia de cuidar dos filhos e parentes".