Fonte: Imprensa Químicos Unificados
Os trabalhadores da Medley/Sanofi-Aventis, em Campinas, estão em greve desde o dia 26 de março sem que a farmacêutica abra qualquer possibilidade de abrir negociação com o sindicato sobre as reivindicações das trabalhadoras e trabalhadores. A produção está parada. No total há cerca de 1.200 trabalhadores na Medley/Sanofi.
Em infrutífera tentativa de desmobilizar os trabalhadores por meio da intimidação, a farmacêutica pediu a presença da Polícia Militar.
Motivos da paralisação:
A Sanofi-Aventis é uma multinacional francesa do ramo farmacêutico e adquiriu a Medley Farmacêutica em 2009 por R$ 1,5 bilhão. Paulatinamente, ela foi implantando seu método de gerenciamento. E, com ele, vieram imposições de quebra de direitos, de pressão por produção e de endurecimento nas relações verticais de hierarquia.
Como exemplos, a proposta para participação nos lucros e resultados (PLR) para este ano é cerca de R$ 1.000,00 inferior ao valor pago em 2012; o plano de cargos e salários foi descaracterizado, abrange apenas parte do pessoal e foram incluídas normas fora do acordo coletivo da categoria; a pressão por produção tem motivado a elevação de doenças do trabalho e a empresa se recusa a abrir Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), o que é obrigada por lei; e o comportamento da chefia é unicamente na linha da pressão por maior produção, com base em assédio moral por meio de agressões verbais e ameaças.
Com o crescimento das denúncias e reclamações dos trabalhadores ao sindicato devido a este quadro na Sanofi-Aventis/Medley, por várias vezes o Unificados tentou equacionar por meio de reuniões com a direção da multinacional, mas sem qualquer resultado devido às constantes negativa da empresa.