Voltar
27 de Abril de 2011

Greve na Medley: luta nas farmacêuticas segue


Fonte: Químicos Unificados

As trabalhadoras e trabalhadores da Medley/Sanofi-Aventis, em Campinas, em decisão tomada em assembleia na tarde de terça (26/04/11) deram início a uma greve devido à recusa da farmacêutica em atender a pauta de reivindicações e radicalizar ao afirmar que não voltaria a negociar sobre a questão.

A principal reivindicação do setor farmacêutico, em campanha salarial, é de um reajuste salarial de 13%, contra a inflação de 6,38% no período de 01 de abril de 2010 a 31 de março de 2011 (a data base é 01 de abril) . A patronal fez a contraproposta de 7,7%, o que representa um aumento real de 1,3% nos salários.

Os trabalhadores e trabalhadoras da Medley/Sanofi decidiram que este índice de aumento real é muito baixo, considerando o crescimento da produtividade e dos lucros do setor, conforme mostrou estudo econômico preparado pelo Sindicato Químicos Unificados.

A assembleia foi realizada às 14 horas. Ainda hoje será feita outra com o turno das 22h e amanhã com o que entra às 6 horas. Conforme decisão tomada em assembleias realizadas nos dias 8 e 9 de abril nas regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo do Unificados, a proposta feita inicialmente feita pela patronal nas negociações em São Paulo foi considerada insuficiente e a luta seria levada fábrica por fábrica.

A proposta recusada na Medley

Em negociação na manhã de hoje, a direção da Medley fez a proposta de manter os mesmos 7,7% feitos pelo Sindicato das Indústrias Farmacêuticas (Sindusfarma), aumentar o abono de R$ 500,00 (em duas parcelas) para R$ 700,00 com pagamento em uma única vez e de 20% na cesta básica contra os 6,38 iniciais.

Na EMS estado de greve

As trabalhadoras e trabalhadores da EMSS Farmacêutica, em Hortolândia, também recusaram a contraproposta da patronal de um reajuste salarial de 7,7%. Em assembleia realizada em 20 de abril eles decretaram o estado de greve, que poderá se transformar em paralisação caso a empresa não faça uma proposta melhor.

Na EMS a luta é também contra a jornada de trabalho, inclusive exigência de excessiva horas extras. A farmacêutica quer implantar o sistema 5 x 1, muito prejudicial aos trabalhadores. Eles querem jornada de segunda a sexta-feira, com os sábados e domingos livres.