O setor farmacêutico, com data-base em 1º de abril, começa a organizar a Campanha Salarial 2018. A negociação deste ano envolve apenas as cláusulas econômicas.
Sindicatos que negociam conjuntamente sob o comando da Fetquim debateram na última terça-feira (6) o descumprimento da cláusula 88 da convenção coletiva dos farmacêuticos no que diz respeito à homologação e a ultratividade e decidiram pautar o assunto em uma mesa em separado com o Sindusfarma (sindicato patronal).
A inflação acumulada nos 12 meses referentes à negociação do setor farmacêutico, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), deve fechar em torno de 2,24%.
São Paulo reúne nada menos que 56 mil trabalhadores e trabalhadoras do ramo farmacêutico. "É a primeira grande categoria que negocia com a patronal neste ano, houve concentração do setor, a indústria farmacêutica tem feito investimentos e mais uma vez passa ilesa pela crise", destacou Rosângela Vieira, técnica do Dieese.
Setor só cresce
Desde 2003 o setor apresenta números positivos. Na comparação com 2016, as vendas cresceram em reais 11,7%, sendo que entre 2014 e 2017 o crescimento foi muito acima da inflação, 35%.
Em 2017 o faturamento foi de R$ 56,8 bilhões, e em 2014 foi de R$ 41,9 bilhões. O mercado de genéricos, também na comparação com 2016, apresentou uma evolução nas vendas de R$ 15,8% em números reais e 12% em unidades. Nos últimos quatro anos, entre 2014 e 2017, o crescimento foi de 39,8%.