A CUT-SP promoveu na quinta-feira (21/05) uma Live no Facebook sobre a Importância da Organização por Local de Trabalho (OLT) com o coordenador político da Fetquim e dirigente dos Químicos do ABC, Airton Cano; o diretor executivo da FEM/CUT e metalúrgico de São Carlos, Erick Silva e a médica e diretora executiva da CUT-SP, Juliana Salles. A mediação ficou a cargo de José Freire, secretário de Saúde do Trabalhador da CUT-SP.
“O resultado de jornada, PLR e direitos sempre foi maior nos locais onde há representantes no local de trabalho”, ressaltou Erick Silva, representante da FEM/CUT.
Airton Cano lembrou as diferentes formas de organização por local de trabalho, como as comissões de fábrica, as Cipas e a SUR (Sistema Único de Regulamentação), que reúne atribuições da Cipa, da comissão de fábrica e da comissão de PLR e surgiu pela primeira vez em 1994, na Scania. E a importância do diálogo para a conquista de direitos e acordos.
O papel da OLT durante o home office por conta da pandemia de Covid-19 foi um dos questionamentos dos participantes da Live. Cano informou que em algumas empresas farmacêuticas já existem regras de home office, acompanhamento de horas e fluxo de trabalho e que o sindicatos e federações devem estar sempre à frente das negociações.
A adoção das novas tecnologias na realização de assembleias e troca de informações foi outro ponto destacado pelos internautas. “É um momento e um movimento inédito para o movimento sindical e a sociedade brasileira”, destacou Cano. Estamos usando ferramentas como zoom, whatsapp para contatar os trabalhadores, sindicalizados e não sindicalizados, empresas e representantes de trabalhadores. “É uma ponte que temos para que o sindicato possa ter interação e fazer ação nessas empresas”.
Nesse momento de pandemia de Covid-19 as fábricas são foco e muitas empresas têm que rodar, produzir materiais hospitalares, medicamentos, produtos de limpeza, nafta, combustíveis, alimentos, itens de primeira necessidade. Juliana Salles destacou que a CUT tem em suas recomendações que todas as fábricas em funcionamento devem fazer testes para detectar a contaminação pelo novo coronavírus. José Freire também lembrou que a CUT em seu manifesto defende o lockdown para conter a expansão da doença.