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20 de Fevereiro de 2019

Fetquim participa de ato na Sé contra a reforma da Previdência


Escrito por: Fetquim


Fetquim

Químicos, metalúrgicos, bancários, professores, servidores públicos... Diversas categorias estiveram juntas na manhã desta quarta-feira 20/02, na Praça da Sé, para protestar contra o projeto de Reforma da Previdência do governo Bolsonaro, que vai acabar com a aposentadoria e a seguridade social do povo brasileiro.

"Será o fim do direito à aposentadoria por tempo de serviço, será exigida, obrigatoriamente, uma idade mínima para se aposentar e o período de transição para valer as novas regras será muito curto, prejudicando todos os trabalhadores e trabalhadoras, mas principalmente os que ganham menos, têm uma expectativa de vida mais baixa, entram no mercado de trabalho mais cedo e em profissões que exigem mais esforço físico", lembra o coordenador político da Fetquim, Airton Cano.

Capitalização da Previdência

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, alerta que para acabar com o atual modelo de aposentadoria e com os direitos assegurados na Assistência Social, que faz parte do modelo solidário de Seguridade Social adotado pelo Brasil no pacto constitucional de 1988, o governo de Bolsonaro quer propor ao trabalhador e trabalhadora, do setor público e privado, que comprem títulos de previdência do governo financiados por bancos privados. É isso o que significa a capitalização.

“Isso significa que o trabalhador vai ter de fazer uma poupança para conseguir se aposentar depois que estiver velho. É o fim do direito adquirido, o trabalhador será obrigado a ter de fazer “sobrar” o seu dinheiro para compor uma poupança e só assim conseguir se aposentar”, explica Vagner.

“E eu pergunto como será feito isso sendo que este governo não tem uma política de valorização do salário, não tem política de valorização do emprego, pelo contrário, ele cria o chamado “bico”, sem registro e sem direitos”, questiona o presidente da CUT.

Para a CUT e demais centrais sindicais que estão organizando a luta de resistência da classe trabalhadora – Intersindical, Força Sindical, CTB, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas e CSB – as propostas do governo não servem para os trabalhadores e trabalhadoras que irão morrer sem se aposentar.