"Quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede", lembra a secretária da Mulher Trabalhadora da Fetquim, Rosangela Paranhos, ao repetir frase prioferida pela socióloga Marcela Moreira durante seminário da Mulher Trabalhadora realizado pela Fetquim no ano passado (relembre aqui).
"Precisamos nos lembrar todos os anos do nosso poder de mobilização", explica. Por isso a importância do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
História
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Cinquenta e um anos depois, em 8 de março de 1908, um outro grupo de trabalhadoras em Nova Iorque escolheu a data para avançar para uma greve, homenageando as antecessoras. Queriam o fim do trabalho infantil e o direito de votar.
Em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Ainda hoje as mulheres recebem menos que os homens pelo mesmo tipo de trabalho, sofrem com cargas horários de trabalho superiores, enfrentam o machismo, o preconceito, o assédio moral e sexual, a violência.