Fonte: Assessoria dos Químicos de SP
O Sindicato dos Químicos de São Paulo esteve presente na Conferência Rio+20, que debateu à exaustão questões relativas ao meio ambiente. Na opinião dos representantes da entidade, no entanto, os mandatários das dezenas de nações presentes na etapa final não chegaram a um acordo que possa de fato garantir avanços no que diz respeito à promoção de políticas internacionais que garantam o desenvolvimento sustentável. Para Maria Aparecida Araújo Carmo (Cidinha), dirigente do Sindicato presente na Rio+20, os mandatários dos países ricos não abrem mão do consumismo para proteger o ambiente. “Os mais ricos sempre gastaram sem se importar com o ambiente, não é agora que vão fazer isso. Saímos da Rio+20 frustrados pela má vontade dos governantes, mas animados pela participação das mulheres, da juventude, dos m o v i m e n t o s sociais e pela consciência de cidadania que ganha o mundo. Mais cedo ou mais tarde os governantes terão que se curvar à vontade popular e principalmente à necessidade de reduzir o consumo, para salvar nosso planeta”, afirmou.
Durante os dias que transcorreram os debates entre diplomatas do mundo todo, paralelamente, movimentos de ambientalistas, movimentos populares e sindicais promoviam também encontros, nos quais debatiam as questões fundamentais para o desenvolvimento sustentável, que colocam em primeiro lugar os cuidados com o planeta para garantir a sobrevivência de todas as espécies. O movimento sindical também marcou presença na Rio+20 .
Entre os dias 10 e 13 de junho, mais de 400 delegados, representando 66 organizações sindicais de todo o mundo, realizaram a Assembleia Sindical sobre Trabalho e Meio Ambiente. O Sindicato dos Químicos de São Paulo marcou presença junto com dirigentes de sindicatos cutistas. Como aconteceu na Rio92, a primeira conferência da ONU sobre meio ambiente realizada no Brasil, 20 anos após, na Rio+20 , a participação dos dirigentes do Sindicato dos Químicos também foi marcante, mostrando que este Sindicato não se preocupa apenas com o dia a dia no chão de fábrica, mas com toda sociedade e o ambiente. Desta vez, mais bem organizados, os dirigentes apresentaram propostas que foram aceitas e figuram no documento final da Assembleia Sindical. Lourival Batista Pereira, dirigente do Sindicato que esteve na atividade, conta que o Sindicato sempre esteve na vanguarda das lutas sociais, desde quando reassumiram o comando da entidade para os trabalhadores, há 30 anos, na luta em defesa da vida e do ambiente. “Nós sempre pautamos essas questões dentro do Sindicato junto com a categoria e levamos nossas propostas para todos os lugares onde julgamos importante nossa participação. Não fugimos à nossa responsabilidade, pois nossa categoria atua com produtos que podem ser nocivos à saúde e ao ambiente, então nossa preocupação é dobrada. Estivemos na Rio92 e agora 20 anos depois na Rio+20, levamos propostas relevantes que foram aceitas e entraram no documento final”, destacou.
Algumas das propostas do Sindicato que foram aceitas pela Assembleia Sindical: desenvolvimento de políticas públicas que garantam a saúde e segurança; direito à e="">informação sobre as propriedades e impactos de substâncias químicas (controle, substituição e eliminação de substâncias nocivas e perigosas nos diferentes setores da produção, como amianto, endosulfan, paraquat, benzeno, metais pesados, entre outros).