Para denunciar a política econômica da dupla Bolsonaro/Guedes, que é praticamente uma cópia da que foi implantada no Chile há décadas e que levou a população à miséria, na próxima quarta-feira (13/11), a CUT e demais centrais sindicais – CTB, CSP- Conlutas, Força Sindical, UGT, CSB, CGTB, Nova Central, Intersindical, Intersindical Instrumento de Luta e Pública – estarão nas ruas de São Paulo.
Nas proximidades do Teatro Municipal, no centro da capital paulista, a partir das 9 horas, os sindicalistas e as sindicalistas vão fazer uma panfletagem e uma conversa com a população com objetivo de alertá-la sobre as medidas do governo de Jair Bolsonaro (PSL) e seu ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, que, sempre beneficiam os empresários e prejudicam os trabalhadores e trabalhadoras.
Além a reforma da Previdência, que dificulta o acesso aos benefícios previdenciários, eles agora querem criar a carteira verde e amarela com menos direitos trabalhistas, impedir novos investimentos em áreas essenciais para a população, reduzir jornadas e salários de servidores públicos e acabar com o aumento reajustes de benefícios sociais com base na inflação.
É disso que se trata o “Plano Mais Brasil”, apresentado na semana passada, composto por três propostas de emenda à Constituição (PECs) - a Emergencial, a de Fundos Públicos e a do Pacto Federativo que, segundo economistas, não melhora a economia e só aumenta a desigualdade no país.
Os sindicalistas e as sindicalistas vão dizer também à população que este pacote de maldades do Guedes é quase igual ao que foi implantado no Chile há décadas e que levou os chilenos às ruas há mais de um mês para pedir empregos, aposentadoria digna, ter dinheiro para viver dignamente e pagar contas de luz e água privatizadas, caras e inacessíveis.
“As PECs anunciadas por Bolsonaro e Guedes atacam diretamente os mais pobres e a classe trabalhadora, além de piorar a crise social e econômica em que o país está vivendo. Eles querem implementar as mesmas medidas que fizeram no Chile e não podemos permitir”, afirmou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.
Segundo ele, esta é a primeira de uma agenda de ações da CUT e demais centrais porque a ideia é se mobilizar também nos bairros, nas comunidades, nas feiras e nas praças para dialogar com a população e, principalmente, com os desempregados.
Para Sérgio é preciso que os sindicatos façam a mesma coisa.
“Além dos locais de trabalho, precisamos ir aos locais de moradia da população para alertar que se não se organizar e não vier para a luta contra este pacote de crueldade iremos enfrentar um caos e a situação econômica e social do país pode piorar”.
Plano Emergencial
A CUT e demais centrais irão apresentar, no próximo dia 18, um Plano Emergencial para conter a crise, o desemprego, a fome e a tragédia social que só crescem no país.
“O Plano Emergencial será feito coletivamente pela classe trabalhadora, centrais sindicais, movimentos sociais, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, partidos políticos e igrejas e tem como principal objetivo proteger o setor mais vulnerável da população, em especial o desempregado”, finalizou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.
A atividade na segunda-feira (18/11) será no Sindicato dos Químicos de São Paulo a partir das 9 horas.