Com o aumento da média atual diária no Brasil, de mais de 400 mortos por dia e o repique da Covid-19 em alguns estados no país, chegaremos nos próximos três meses a 200 mil mortos. Europeus, espanhóis, alemães, franceses, italianos entre outros, voltaram a decretar o isolamento social (lockdowns), preocupados mais uma vez com a sobrecarga de UTIs e o aumento do número de mortos. Nos Estados Unidos a doença está voltando com força e números alarmantes.
Não saímos ainda da primeira onda aqui no Brasil, enquanto em outros países já há a segunda onda. No caso do Brasil temos o grande problema da concentração da população em grandes cidades, aglomeração constante no transporte coletivo e nas periferias.
Há a necessidade urgente dos exames de massa de Covid, a fim de continuar a vigilância sanitária e atacar onde existe o maior número de contaminados entre a população em geral. Isso inclui também as fábricas, com o isolamento e a continuidade de medidas preventivas.
Recordamos a continuidade e preocupações já levatadas aqui desde o primeiro semestre de 2020 quanto ao acompanhamento das CIPAS nas fábricas. Tais recomendações continuam válidas e devem ser respeitadas até termos de fato a vacinação. Lembre aqui.
Airton Cano, coordenador político da Fetquim, afirma: “Precisamos continuar vigilantes na atuação sindical para que o diálogo social continue permanente entre trabalhadores e patrões, para que essa pandemia não avance conforme as orientações que a Fetquim já tem reiterado em seu site. Além do mais é necessário darmos apoio ao projeto de lei Federal do Dep. Alexandre Padilha (PT-SP), de urgente testagem da Covid de toda a população e de todos os trabalhadores, que é o PL 5068.”
Esse PL 5068 está detalhado na matéria recentemente publicada pelo site da CUT Nacional. Acompanhe aqui.
Para o Secretário Geral do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulão, “o governo federal trata a pandemia com grande descaso e provocando continuamente aglomerações, e nem utilizando máscara". "É necessário esse projeto do Dep. Padilha, pois o governo não tem intenção de ampliar verbas para a testagem em massa. Pior, criou uma guerra para não liberar a vacina, e mesmo a liberação de importação de produtos necessários para isso. A Europa mostra que a Covid-19 está voltando numa segunda onda, e o Brasil quer impedir até a testagem para os turistas que entram aqui. Devemos continuar atuando para a prevenção e tomar todos os cuidados frente ao processo eleitoral municipal.”
Para André Alves, secretário de Saúde da Fetquim, e diretor do Sindicato dos Quimicos Unificados de Campinas, as medidas de contenção da Covid-19 devem continuar: “ Precisamos continuar a exigir exames em massa para todos os trabalhadores. Seguir protocolos de prevenção contra a Covid em todos os locais de trabalho, seguir as orientações do sindicato e da CIPA, conforme manual publicado pela Fetquim. E fazer o contraponto a esse governo fascista que destrói direitos dos trabalhadores e é responsável por milhares de mortos, governo que não ajudou no isolamento social e não quer que a vacinação seja aplicada a todos.”