A CNQ (Confederação Nacional do Ramo Químico) da CUT realizou um encontro regional dos ramos químico e vestuário sobre políticas de combate ao racismo nos dias 13 e 14 de setembro, no Sindicato dos Químicos de SP, em parceria com a CNTRV (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário).
Durante o encontro foi apresentada uma pesquisa do Instituto Observatório Social da CUT (Central Única dos Trabalhadores) sobre a participação dos negros no ramo químico.
O resultado mostrou que na região Norte do país 73,4% dos trabalhadores do ramo são negros; no Nordeste, 62,4%; no Centro-Oeste, 55,2%; no Sudeste, 29,5%; e no Sul 9,8%.
Na abertura do evento, Alex Fonseca, diretor do Sindicato dos Químicos de SP e secretário de Políticas Sociais da CNQ, lembrou que o encontro acontece num momento importante: “Estamos bem próximos da eleição e temos um candidato conservador que prega o ódio e o racismo. Portanto, é importante preparar os dirigentes para ampliarem essa discussão nas fábricas e nos sindicatos”.
A secretária de Imprensa, Rosana Sousa Fernandes, salientou que o objetivo do debate é criar um coletivo nacional dos dois ramos – químicos e vestuário – para se somar às ações já realizadas pela CUT no combate ao racismo, não só no local de trabalho, mas em toda a sociedade.
A dirigente lembrou que vivemos num período conturbado, com todos os preconceitos vindo à tona, principalmente o racismo. “As mulheres negras são sempre as mais afetadas pelo desemprego e pela precarização no trabalho. Também são as mais insultadas e desrespeitadas, principalmente nas redes sociais”, observou.